Eu tive a ideia de recriar alguns episódios menos felizes (ou não) do meu passado (ou não) através de memes sem explicar muito sobre o episódio em si.
Para este primeiro meme criei a vaca Moo e a gatinha Bé. A vaca Moo tem 26 anos, ou seja, idade suficiente para saber o que dizer e não dizer a uma pré-adolescente de 13 anos, no caso, representada pela gatinha Bé.
Eu gostei bastante e queria partilhar convosco o que mais me cativou.
Primeiro, partilho o resumo da história:
(...) Quase com 40 anos, Nagore sente que a sua vida falhou. Acabou de se separar do namorado, deixou o emprego em Londres e está de regresso a Barcelona, onde tem de começar do zero. O único trabalho que consegue encontrar é como empregada num café de gatos, o Neko Café - logo ela, que tem pânico de gatos. Parece que o destino não pára de lhe pregar partidas.
Assim que abre pela primeira vez a porta do Neko Café e vê não um, não dois, mas sete gatos, Nagore prevê um novo desastre na sua vida. No entanto, com o passar dos dias, a experiência revela-se transformadora. Cada um dos sete mestres do Neko - gato em japonês - irá revelar-lhe um segredo. Pouco a pouco, Nagore aprende a aceitar e a manter o espírito aberto: um primeiro passo para descobrir o caminho para a felicidade.
(...)
Entre algumas outras passagens do livro que pretendo partilhar convosco mais tarde, cativou-me as sete leis felinas para a vida.
Ei-las:
1ª LEI FELINA PARA A VIDA
Sê autêntico de coração.
Não te preocupes minimamente com o que os outros pensam.
CAPUCCINO
2ª LEI FELINA PARA A VIDA
Aceita tudo com serenidade.
SORT
3ª LEI FELINA PARA A VIDA
Faz uma pausa.
Uma boa sesta minimiza os problemas.
CHAN
4ª LEI FELINA PARA A VIDA
Quem está atento encontra
oportunidades em toda a parte.
SMOKEY
5ª LEI FELINA PARA A VIDA
Cuida bem do teu aspeto,
nunca se sabe quem está a olhar para ti.
E, acima de tudo, ama-te a ti mesmo.
FÍGARO
6ª LEI FELINA PARA A VIDA
Sê flexível, mas não percas de vista quem és.
LICOR
7ª LEI FELINA PARA A VIDA
Nunca deixes de alimentar a tua curiosidade.
SHERKHAN
* LIÇÃO FINAL DOS GATOS: Não precisas de sete - nem de nove - vidas. Podes ser feliz nesta!
Achei muito interessante essa forma simples e leve de viver a vida que às vezes complicamos muito.
Já que o pequeno-almoço foi caro que nos deem espetáculo
Esta manhã fomos fazer análises e depois decidimos ir às compras, uma vez que, está a chover a potes e falta umas coisas em casa, assim já fica feito.
Entretanto, optámos por comer algo primeiro, então fomos ao café ao pé do sitio onde íamos fazer as compras.
Particularmente, eu não gosto muito daquele café porque acho que é frequentado por pessoas que não sabem estar, assim como, funcionárias sem muitas maneiras mas pronto. Lá fomos.
Depois de pedir o que queríamos, atravessamos as mesas e as pessoas barulhentas do café e sentámo-nos na última mesa de trás e, de repente, uma das funcionárias sai da cozinha, descalça as sapatilhas e sobe uma das mesas e o frigorífico das bebidas e senta-se ali para tirar o relógio da parede e colocar pilhas novas.
Já que o pequeno-almoço foi caro que nos deem espetáculo.
Há uns dias, assisti ao filme RESPECT baseado na vida de Aretha Franklin.
Resumo da vida de AF:
Aretha Franklin começou por cantar na igreja onde o pai era pastor, até ser reconhecida como um ícone musical. Após a morte da sua mãe sete dias antes de ela completar dez anos, Aretha não conseguia falar até que o seu pai forçou-a cantar no coro da igreja. Anos depois ela finalmente assina um contrato que muda a sua vida como cantora de jazz. Mas foi com a música "Respect" que a carreira de Aretha ficou conhecida para o resto do mundo.
Aretha foi uma grande influência no movimento de Martin Luther King sobre os direitos civis, assim como, MLK foi uma grande influência na vida de Aretha e na sua música.
Nunca deixou de ser defensora dos direitos civis e militante em prol das mulheres.
Aretha foi a primeira mulher a entrar para o Rock and Roll Hall of Fame, sendo vencedora de 8 Grammy Awards.
A música ''Respect'' foi escrita em homenagem a todas as mulheres que já foram maltratadas, por isso, o nome do filme.
Foi Aretha quem escolheu a atriz Jennifer Hudson para interpretá-la no filme biográfico.
(O meu) Resumo do filme e a minha opinião incluindo pesquisas:
Apesar de o filme ser bastante soft, contém uma ou duas cenas em que dá a entender que Ree (era assim que era tratada pelos seus) sofreu de abusos sexuais e ficou grávida ainda criança. Depois de assistir, fui pesquisar mais sobre a sua vida e a paternidade das suas duas primeiras gravidezes será para sempre uma incógnita. No entanto, segundo li, o seu pai é que decidiu que ela ia ter dois filhos. O primeiro teve-o aos 12 anos e o segundo aos 14 anos. Ser decisão do pai que ela teria dois filhos e ela tê-los ainda criança, na minha opinião, significa muita coisa. Pelo que pesquisei, o pai de Ree tinha o costume de organizar orgias na igreja onde ele era pastor e diz-se que a filha ainda criança foi submetida a uma dessas orgias, por isso, existe a dúvida se o pai dela não será o progenitor de um dos filhos de Aretha.
A mãe separou-se do pai por causa dos seus mau-tratos e infidelidades, incluindo escândalos sexuais que envolviam crianças.
A maior parte disto são especulações que só a própria Aretha Franklin podia afirmar ou negar. Mas, há algo que me incomoda: no filme, em todas as cenas em que Ree se lembra desses momentos e entra em crises de depressão em que apenas bebe até mais não, só lhe dizem para entregar as suas dores e os seus demónios a Deus.
Isso irrita-me num grau muito profundo! A mulher sofreu abusos sexuais, foi mãe ainda criança... viveu parte da sua vida como o pai mandava e desmandava, teve dois maridos que só a queriam controlar e maltratar (no filme, só aparece os maus-tratos de um) e o único conforto que recebia era: entrega para Deus?!
Eu acredito em Deus, mas é só isso? Entrega para Deus? RRRRRRRRRR.... Que nervos que isso me dá!!
Apesar de ela se recusar a contar, ninguém tentou saber de facto, o porquê daquelas crises, ninguém insistiu... apenas aconselham-na assim: conta ao Senhor.
Pelo que eu vi, o Senhor não fez nada.
E a mãe, separa-se do pai pelas razões que referi acima e deixa as filhas com ele??? Eu (não) quero julgar, mas ????? eu não entendo.
Bom... metade disto não aparece no filme. Eu estou a escrever de acordo com aquilo que pesquisei.
Aparecer, aparece mas nada é explícito. Subentende-se que aconteceu.
E depois de adulta, Aretha entra várias vezes em crise de depressão e nós vemo-la a recordar-se desses momentos.
Aretha é questionada se alguma vez irá mencionar quem o pai dos filhos ao que ela responde que não, e nota-se o desconforto dela ao falar daquele assunto.
Outro pormenor que notei foi o fanatismo do pai por ela. Está sempre a pressiona-la para que cante, para que esteja sempre perto dele.
Contudo, Aretha Franklin nunca falou sobre nada, se sofreu abusos, quem foi... Ela nunca quis falar sobre o que a atormentava, apenas cantava.
Acho que foi a sua maneira de lidar com esses demónios.
Como diz o ditado:
Quem canta, seus males espanta.
Conclusão:
À parte disso, sem dúvida que Aretha Franklin foi uma grande cantora que estremeceu com o mundo, foi uma voz muita importante e ativa para as mulheres negras, porque com a sua música e a influênca nunca deixou de lutar junto do seu povo pelos direitos civis. Apesar dos seus demónios, como é referido no filme, não nos privou da sua grandiosa voz nem do seu sucesso.
A certa altura, segundo o filme, ela conseguiu ser dona da sua vida e, por isso, pelo que viveu, pelo que representou e representará sempre, pelo seu sucesso merece cada prémio, cada aplauso, cada abraço, cada sorriso que recebeu.
É isto.
Vocês já viram o filme?
Eu sei que não é deste ano, mas só agora é que pôde assistir.
Na Segunda-feira de manhã fui à cidade resolver uma situação e à porta de um escritório que por acaso não sei do que se trata, estava um senhor a dormir no canteiro de flores que pertence a esse mesmo escritório. Pelo aspeto, não era um sem-abrigo mas talvez, um sexagenário com um copo de vinho a mais (neste caso, um pacote). Na minha opinião, o que é lamentável não é tanto a situação em si, claro que é triste e a mim faz-me pensar onde está a família dessas pessoas, os filhos, se os têm... Como devem passar o dia, se comem, têm para onde ir? É lamentável sim, mas não é tão lamentável como o facto de outro senhor de 50 anos mais ou menos, todo aprumado que com certeza não lhe deve faltar nada sair do escritório, pelo que me pareceu trabalha nesse escritório, para tirar fotografias ao senhor a dormir para partilhar, provavelmente, nas redes sociais ou fazer uso daquilo de outra maneira. E sem autorização.
É uma grande falta de bom senso, maturidade e compaixão!
Simplesmente, não se goza dessas pessoas nem dessas situações, porque são pessoas que já perderam o rumo da vida. Eu não sei o que leva alguém para a rua... Sim, na maior parte das vezes, a culpa é das próprias pessoas mas quem somos nós para julgar? Não sei onde estarei amanhã... a verdade é essa. Que eu tenha sempre sabedoria e discernimento para contornar o pior, mas é preciso saber viver e eu considero que a linha que separa o discernimento do deslumbre é muito ténue. Qualquer um de nós pode cair nas teias da vida e acabar sem nada, perdidos na rua, na droga, na prostituição e na mais gélida solidão. Nós não sabemos. Às vezes, tivemos tudo e acabamos sem nada ou vice-versa e, às vezes, nunca tivemos nada e acabamos sem nada. Por vicissitudes da vida ou por própria culpa, isso são vidas muito frias e cruas que quando se entra é muito difícil retornar. Há quem tenha essa força e parabenizo essas pessoas mas há quem não...
Só nos resta ter compaixão e deixar estar. Se não incomoda, deixar estar.
Quanto ao senhor a dormir, tenho a impressão de já o ter visto nas ruas mas também não sei a história de vida dele, até pode viver num abrigo mas como não é permitido entrar alcoolizado nos abrigos, poderá ter adormecido ali. Digo isto, pelo aspeto. Até podia ter a família à procura dele, não sei... Mas não me parece ser muito lúcido das suas ações.
Só acho que é escussado gozar com essas situações. Tamanha necessidade foi aquela de se levantar da sua mesa de trabalho a rir-se e tirar a fotografia deliciado com a imagem. Pobre de espírito.
Se realmente estivesse a impedir o bom funcionamento do escritório alguém que o acordasse ou senão, chamavam a polícia municipal e pronto.
Enfim... Sinto vergonha alheia por ver que pessoas que estão bem na vida estejam a rir-se às custas dessas pessoas e situações.
Esta nova moda de inserir a tecnologia em todo o lado é muito divertida e prática p'ra quem gosta e percebe, mas na minha opinião, quando acaba definitivamente com as outras opções e se esquece dos outros é o mesmo que regredir.
Colocaram plataformas digitais interativas em toda a cidade e retiraram a outra informação que já havia, inclusive, os horários dos autocarros afixados em placas junto às paragens.
No outro dia, esperava pelo autocarro para voltar a casa e na mesma paragem estavam sentados um jovem e um senhor que devia ter os seus 70 e muitos anos. O senhor sentia-se muito aflito por não saber o horário que tinha de tomar para regressar a casa. Dirigindo-se a nós, a mim e ao jovem que também se encontrava na paragem, desabafou por 2 vezes que deviam afixar os horários das camionetas nas paragens para as pessoas saberem a quantas andam.
Quando este se aproximou mais de nós, perguntei-lhe para onde ele ia e tomei a iniciativa de ir à plataforma verificar, o rapaz seguiu-me para ver se podíamos ajudar o senhor.
Conseguimos ajudá-lo, contudo o Sr. decidiu apanhar um táxi porque àquela hora já não havia autocarros comuns para a sua localidade. Só de Turismo.
Havia necessidade de retirar os horários afixados? Para evoluir é necessário esquecer-se dos outros?
As pessoas que têm essas ideias maravilhosas não têm pais, avós em casa?
Não é preciso ter 70 anos para não se perceber, há pessoas mais novas que não entendem, que preferem a outra opção!
Isso dá-me uma raiva!!
NA MINHA OPINIÃO, aquilo não dá jeito nenhum, primeiro que conseguisse escrever o nome da localidade... foi uma eternidade, o teclado travava em algumas letras e outra, pelo que entendi, não disponibiliza o horário semanal dos autocarros, só do próximo autocarro... Se eu não estiver errada, é uma grande ajuda... Só que não!
Apesar dos meus 31 anos, eu prefiro a moda ''antiga''. Mas se querem evoluir, 'bora vamos! Porém, não nos esqueçamos uns dos outros.
Ultimamente tenho revisto alguns filmes, o último a que assisti foi este:
Não sei se vocês conhecem...?
Adèle é uma adolescente que enfrenta os desafios da chegada da maturidade. Sua vida toma um rumo inesperado ao conhecer uma encantadora garota de cabelo azul, com quem começará uma intensa relação e uma viagem de descobertas e prazer.
Eu gostei bastante do filme, porque conta o desenrolar da vida de uma adolescente à descoberta daquilo que lhe faz feliz, mas às vezes, por erros que se comete na vida, pode-se perder ''tudo'' de uma vez só.
Antes de mais, quero desejar um excelente ano de 2022 para todos vocês. Embora o mês de Janeiro já esteja no fim, penso que ainda vou a tempo. Nunca é tarde para desejar coisas boas, n'é verdade?
Eu tive a ideia de partilhar momentos que me acontecem no meu dia a dia de uma forma mais descontraída que à primeira vista seriam embaraçosos para mim.
Bom... isto sucedeu-se há cerca de duas semanas atrás:
Por volta das 17h40, fui comprar umas peças de roupa, pois devido ao tempo chuvoso que fez durante dias a fio sem dar tréguas, não consegui secar toda a roupa e antes que ficássemos depenados, fui comprar. Dirigi-me a um estabelecimento que nunca vou, mas como estava a chover a potes e estava quase a ficar sem tempo para ir para o autocarro, fui àquele.
Quando lá cheguei, perguntei à funcionária onde estava o que queria, esta disse-me para lhe seguir. Até aí tudo bem, agradeci-lhe de forma a que me deixasse sozinha para que eu pudesse escolher à minha vontade, mas por sua vez, a menina decidiu ficar ali a escolher por mim (?) porque na sua conceção, assim seria mais rápido. Até onde eu sei, sou uma cliente e o cliente demora o tempo que considerar que deve demorar. Porquê que a moça fez isso? Óbvio, que a funcionária percebeu que eu tenho uma deficiência e na sua perspetiva, ela estava a fazer uma grande obra de caridade, além de falar comigo por gestos e mais alto do que o normal.
Eu não disse nem fiz nada contra, primeiro porque a esta altura do campeonato (com 31 anos em cima), já me é indiferente esse tipo de situações e opiniões (ponto e vírgula), é-me indiferente porque eu nunca vou aquela loja e porque a moça não agiu contra mim, não me estava a prejudicar.
Segundo, porque eu percebi que se explicasse a história de sempre, que não é preciso ajudar-me daquela maneira e blá, blá, blá... a rapariga ia levar uma eternidade a fazer o click.
E por último, eu estava com pressa, muita pressa mesmo.
Apenas respondi: Hum, hum... 'tá bem.
Achei muito engraçado o esforço dela em atender-me, digamos que tive direito a atendimento personalizado e à saída eu vi na sua cara que ela sentiu que fez algo de grandioso, estava orgulhosa.
Se eu me senti ofendida, ridicularizada e/ou discriminada? Não. Atualmente, já não. Em boa verdade, eu apenas lamento que no século XXI, ainda haja pessoas tão limitadas quanto a miúda de 20 e tal anos que me atendeu. Quem estava a fazer um papel rídiculo era ela.
Desde já, quero desejar um bom mês de Dezembro para todos.
E antes de terminar o dia, gostava de escrever sobre o dia de hoje.
É provável que este dia passe despercebido para muitas pessoas, mas hoje é 3 de Dezembro - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
Ok, ok... eu não vou falar outra vez de mim. Vocês já sabem e se não sabem, saberão conforme lerem o blog.
Ontem eu vi uma publicação no Facebook, uma publicação que já vi várias vezes e nem de propósito, apareceu-me mesmo quando estava a pensava no que podia escrever.
Esta publicação:
Bom... à primeira vista é ridículo, não é? Vender fruta cortada dessa maneira... até parece que as pessoas não têm força para tirar a casca de uma simples clementina ou tangerina.
Mas... antes de comentarem ou reagirem, por que não pensam? Por que não pensam antes de postar essas imagens?
Para uma pessoa sem deficiência até pode ser ridículo, demais. Um absurdo. Mas imaginem, para uma pessoa com deficiência cujas mãos estejam condicionadas, isto ''salva-a a vida''.
Por exemplo, eu tenho a mão direita paralisada (não totalmente) não tenho pegada fina, não consigo descascar nem cortar algumas frutas, por exemplo: melancia (a minha fruta preferida), kiwi, melão, meloa... as clementinas eu consigo, por isso eu compro clementinas e não compro laranjas.
Às vezes, no Verão apetece-me comer melancia e eu não consigo cortar e quando eu vivia num quarto arrendado não dava jeito de comprar uma melancia, então comprava essas couvetes de melancia, melão, mamão e deliciava-me toda.
E não é só para pessoas com deficiências, também serve muito bem para pessoas que partilham casa e por isso, não têm frigorífico só para si, pessoas que vivem sozinhas... em estúdios mínimos, para o lanche das crianças, elas acham piada a essas coisas. Pessoas que não comem muita fruta, mas ''vá lá... todos temos de comer fruta, de vez em quando.''
Eu, como pessoa com deficiência, digo que ainda bem que criaram essa alternativa de vender fruta cortada. Foram as inúmeras vezes que desejei comer uma melancia, um melão, um kiwi e não comprei porque sabia que não consigo cortar.
Além disso, permite que a pessoa com deficiência possa comer sem ter de pedir que lhe cortem ou descaquem a fruta.
Vocês imaginam o prazer que uma pessoa com deficiência sente em não ter de pedir ajuda e depender da boa vontade alheia, ainda mais, quando se trata de pedir ajuda para comer...?
Se me peguntarem qual foi o filme preferido da Disney que marcou a minha infância, esqueçam ABranca de Neve e os Sete Anões, A Pequena Sereia, A Cinderela, O Rei Leão etc.
Embora tenha assistido a todos eles, esses filmes nunca me encantaram. Nunca fui fã de filmes de animação, apesar de às vezes ainda ver um ou outro.
Eu cresci a assistir filmes da Disney mas não só de animação. Sempre gostei de ver pessoas, com histórias comuns ao nosso dia a dia, algumas não tão comuns... mas sempre preferi ver pessoas.
Abaixo partilho dez filmes originais do Disney Channel (não tenho a certeza se todos são) por ordem de preferência que me acompanharam durante a minha infância, pré-adolescência e adolescência e que eu recomendo vivamente a quem tem crianças e adolescentes em casa:
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Considero que são filmes muito mais interessantes e úteis para uma criança do que muito que elas assistem atualmente: muita fantasia e pouca realidade sem mensagem nenhuma.
Ontem recebi a 2ª dose da vacina contra a COVID-19. Estou feliz por isso. Mas, ao contrário da 1ª dose, sinto-me como se estivesse com uma levezinha gripe: corpo todo dolorido, cabeça meio pesada, uma ligeira dorzinha de garganta.
Não sei se é mesmo de ter levado ontem a vacina ou se é de ter acordado às 05.50 da manhã, ter feito uma viagem de 2 horas, não ter tomado o pequeno-almoço... acho que é tudo junto.
No entanto, estou muitíssimo feliz por já estar vacinada, eu e quase todas as pessoas com quem convivo diariamente e espero que voltemos ao normal o mais breve possível.
Blá, blá, blá... e assim se começa um post. só porque não sei que título atribuir e estou com preguiça para pensar num.
Hoje celebre-se o Dia Mundial do Amigo.
Muito bem, o que posso dizer sobre este dia?
Hum... confesso que não me considero uma grandeeeeeeeeeee amiga, também só tenho 1,46cm e também nunca tive muitos amigos e isso tem muito a ver com a minha personalidade. Ter amigos nunca foi o meu forte, acho que me canso com facilidade dos programas, saídas, conversas, discussões sobre ir, que filme assistir, etc.
No entanto, não me sinto sozinha, abandonada de alguma forma, muito pelo contrário, até me sinto bastante acarinhada e querida por todas as pessoas à minha volta, com quem convivo diariamente.
Sou leal, fiel e protejo quem eu gosto e admiro.
Tenho as minhas pessoas. E dou muito mais valor a ''Olá, tudo bem? Precisas de alguma coisa?'', por exemplo a outra coisa qualquer.
Gosto de ouvir as minhas pessoas, de ajudá-las, de dar o meu apoio, de conversar com elas. Para mim, uma amiga aqui, uma conversa acolá, um telefonema, um jantar ou algo assim, de vez em quando é suficiente.
Eu dou muito valor às amizades graduais, que crescem devagarinho... e que se tornam em grandes amigos, não amigos de toda a hora, mas que eu sei que estão ali e vice-versa.
Ao longo dos últimos anos, eu fui-me apercebendo que amigos são pessoas que estão connosco, que dispensam tempo para estar uns com os outros, que nós sabemos onde estão, mesmo que não estejam sentados ao nosso lado, mas que nós sabemos que podemos contar com eles. São as pessoas sãs que se ajudem, que não se cobrem, não atiram à cara, que não anunciam aquilo que fazem e que podem estar do outro lado do mundo mas se necessário, fazem de tudo para nos amparar.
Vendo por essa perspectiva, eu tenho alguns amigos porreiraços
Obrigada a quem me atura!!! Eu sei que não é fácil...
Há cerca de um ano eu escrevi um post sobre amizade no qual eu defini ''ser amigo'' assim:
Eu sei que já não escrevo há montes de tempo, também sei que '' estou sempre a dizer'' que vou escrever mais vezes e passo moooontes de tempo sem fazê-lo. E agora... pumba! Venho pra'qui julgar... mas eu tenho de escrever este post, eu preciso partilhar isto.
Ontem ao sair do trabalho, dirigi-me a uma das paragens de autocarro para ir para casa e como ainda não estava na hora da partida, nós passageiros tivemos de esperar cá fora para que a motorista abrisse a porta para entrarmos. Entretanto, a motorista estava a varrer o seu autocarro, mas lembrou-se da vassoura e esqueceu-se da pá do lixo...(maneira de dizer, não se esqueceu nada) estava a varrer o lixo todo para o passeio. Inaceitável! Pois, mesmo ao lado tinha 2 caixotes do lixo.
O que me surpreende é que de vez em quando, vai as viagens se cabando da sua boa educação, do respeito pelo outro... do seu esforço para conseguir aquele trabalho, e depois fala deste e daquele... e os passageiros que não estão minimamente interessados na sua opinião sobre a vida da tia-avó de não sei das quantas ou o jantar que a vizinha fez ou vai fazer, têm de ficar a ouvi-la.
Por pouco, não lhe mandei uma boca para se calasse, numa dessas viagens. Eu só quero ir para casa... mai'nada.
Eu não sou ninguém para apontar o dedo e julgar... mas dá-me um nó por dentro quando eu vejo pessoas a vangloriarem-se da sua ótima educação e conduta e depois... bahhh!!!
Não é só o episódio de ontem que me incomodou, é tudo... fala com as pessoas ''tu para cá, tu para lá'', mete-se muito na vida alheia... está sempre a cabar-se. Blá, blá, bá...
Quanto a ontem, não tem justificação... todos os autocarros têm o seu kit de limpeza completo disponibilizado pela empresa e mesmo que não tivesse a pá do lixo, deixava para varrer noutra ocasião ou juntava com um papel.
Limpar dum lado e sujar do outro não é limpeza! O passeio é de todos. Obviamente que os passageiros não devem sujar o autocarro, mas quando vai varrer o seu autocarro, não deite plásticos e papéis para o passeio. Use o material de limpeza que lhe foi entregue como deve ser.
Eu reconheço, estou a falar mal da pessosa mas apetece-me chegar ali e dar-lhe três punhadas!!
Possa... desde que comecei a andar de autocarro, não fui com a cara dela, admito que tem muito a ver com a forma como ela se dirigiu a mim, como se me conhecesse de há muito... na' gosto! Quando viu que eu não lhe respondia, calou-se.
Esta manhã ia novamente chegar atrasada, se não fosse ver o autocarro a vir do outro lado, tentar correr mais do que ele e ter conseguido que o condutor parasse e esperar por mim.
Eu entrei a deitar as tripas pela boca... mal eu o vi corri que nem uma doida.
Entrei no autocarro e tirei a senha e entretanto disse um obrigada abafado pelo cansaço e pela máscara. Além disso, eu tento sempre comunicar com os olhos.... enfim, minutos depois o sr. resolveu dizer que nem sequer agradeci e da próxima vez, não espera por mim. Quando ele começou a falar, pensei que estava a falar para o auricular do telemóvel ou assim, mas logo, percebi que era comigo.
Eu nem abri a boca. Primeiro, não consegui porque ainda estava a pôr as tripas pela boca e porque achei que é uma moquenquice da parte dele e ele nem se dirigiu a mim. Atirou pedras ao ar. Ninguém tem o dever de saber que tenho um problema na fala, mas quando estou em situações de stress como esta, não consigo pôr a minha voz para fora e já não é a primeira vez que apanho aquele condutor e sempre disse ''bom dia, obrigada, adeus''. Também parte dele, tentar perceber a situação de alguma forma.
Enfim, tudo na vida é uma opção. Se eu fosse uma pessoa arrogante que nunca dissesse nada ao entrar e sair dos locais, tinha razão para reclamar como fez. E ele tem a sua razão. Não a tiro. Mas uma vez que eu tento sempre ser educada e querida com todas as pessoas, eu não me importei muito...
Digamos que eu aceitei a indignação do senhor. Bastava pensar um pouco, eu saúdo sempre as pessoas... naquela hora não era preciso tanta ofensa. Bastava pensar um pouco.
Ainda da última vez que saí do autocarro cujo condutor era o mesmo senhor, levantei a mão em forma de despedida.
Todas as manhãs, tenho o hábito de tomar um galão. Geralmente, peço só um galão. Há quem tome café, garoto, curto, cheio... eu peço um galão. Cai-me melhor... Agora que vivo mais longe do trabalho tenho de apanhar o minibus. Por isso, agora chego mais cedo à baixa, às vezes meia hora, às vezes 15 minutos conforme... o que me permite ter mais tempo para tomar o ''meu'' habitual galão ou se eu quiser dar um passeio ou resolver alguma questão, se necessário.
Como o minibus para mesmo ao lado de um café, não estou às voltas e tenho ido àquele café. No entanto, há um dos funcionários que não me agrada muito... tem algo de falso... sorriso forçado. Depois de pedir o que quero e pagar, os funcionários já sabem de antemão que eu não consigo levar o tabuleiro para a mesa, por isso, antes de eu pedir já o fazem. Essa pessoa também leva, nunca recusou mas ao contrário dos colegas não me pergunta onde me quero sentar, põe o tabuleiro numa mesa livre e vai-se embora. Como se eu por precisar de ajuda, não tenho direito a escolher onde me quero sentar. Os colegas, por sua vez, perguntam sempre, mesmo que seja pela miléssima que me atendem. O respeito e o tratamento para com os clientes é sempre o mesmo.
Hoje fui servida por essa pessoa que fez a mesma coisa de sempre, pega no tabuleiro e vai pô-lo numa mesa e como de costume, essa pessoa não coloca o tabuleiro como deve ser, meio que o empurra e hoje o galão derramou. TAL BEM FEITO!!
A desculpa que deu foi que têm falta de papel para colocar no tabuleiro, por isso escorregou. Eu não disse nada. Fui sentar-me noutra mesa e esperei que me servisse outra vez.
Mas o copo não escorregou por não ter papel por baixo, o copo tombou porque tu não sabes servir.
Da segunda vez que me veio servir, já pôs o copo como deve ser na mesa.
É para aprenderes a servir as pessoas- disse eu para comigo.
Primeiramente, eu tenho noção que este post não tem qualquer importância mas hoje dei-me conta desse facto por isso esta partilha.
Todos os dias à mesma hora: 16h08 sem falhar um segundo, passa uma senhora com pouco mais de 50 anos (penso eu) na rua onde trabalho em direção à avenida para apanhar o autocarro que a leva de regresso à casa. É o mesmo autocarro que eu apanho quando vou ao fim de semana a casa dos meus pais.
É uma pessoa simples, talvez submissa, de pele grossa, com um jeito um tanto masculino, não creio que seja má pessoa mas pela oportunidade que já tive de a apanhar no autocarro várias vezes, é alguém que talvez pense que as pessoas têm de se reduzir a ela.
Se naquela tarde em que eu também estava no autocarro, se a senhora tivesse PEDIDO com educação ao grupo de adolescentes muito divertidos que ouviam música sem auriculares se eles podiam baixar o volume, em vez de ORDENAR como se fosse a dona do pedaço, porque estava cansada do trabalho, surtia melhor efeito. Obviamente que os putos não obedeceram muito...
E eu pergunto, por 30 minutos de viagem é preciso dar-se ao trabalho de mandar berros por 3 vezes e ameaçar que vai tirar o telemóvel da mão... quem é ela? E as pessoas que fazem 2h de viagem que levam com todo o tipo de gente...? Às vezes, é preciso dizer alguma coisa sim, mas educamente... os meus pais educaram-me que não é necessário falar por tudo. E em muitas situações o silêncio diz muito, afinal cada um tem a sua consciência.
Eu opto por me calar e continuar o meu caminho, não por medo, muito menos por achar que os outros mandam mas sim porque tenho a minha vida, as minhas coisas e o meu caminho.
Enfim... é só uma viagem e não é todos os dias que os autocarros têm putos divertidos.
Há algum tempo que já não venho cá, tanto para escrever tanto para ler e comentar os vossos posts. Tenho-me sentido cansada, não muito mas quando acabo o trabalho, só me apetece descansar, espairecer por aí. Há várias semanas que tenho saído sozinha (por opção), de vez em quando, arrasto alguém comigo mas gosto muito de estar sozinha, principalmente caminhando por aí a ver as pessoas a confraternizar. É curioso, eu gosto de ver as pessoas na rua, nos bares a conversar, a confraternizar. Eu gosto do barulho que as pessoas fazem quando conversam, gosto de ver os amigos, os namorados, os pais e os filhos, as pessoas idosas, as crianças. Eu gosto de ver as aglomerações, mas não gosto muito de estar nelas ou pelo menos não gosto de estar sempre nelas. Todos os dias com´as mesmas pessoas? Não consigo. Para mim, é bom conversar com alguém, por a conversa em dia, mas o que quero dizer eu não me sinto bem a ter de fazer isso todos os dias, sempre. Como se fosse uma obrigação, como se eu tivesse de alguma forma fazer isso como forma de retribuição por algo em que me ajudaram.
Eu nasci para ser livre, eu necessito de liberdade.
Nem sempre as pessoas entendem isso, acham que quero estar só porque não estou bem. Às vezes, eu falho em aparecer quando digo que vou estar, porque por mais que eu tente, há dias que só me apetece aterrar-me na cama a ler, escrever ou a navegar nas ondas da Internet. Ou então, trocar de roupa e ir caminhar até me doer as pernas.
Que dizer? Eu tenho uma personalidade estranha, talvez mas estou bem com isso. Os meus amigos sabem, entendem que sou esquisita e aceitam os meus momentos de solidão feliz. Eu chamo assim porque são uma opção minha e não porque não tenho ninguém. Eu tenho muitas pessoas que gostam de mim, eu acredito nisso. Eu sei que sim. E não me sinto sozinha. Nunca!
Até porque, eu tenho um equilíbrio. Nem sempre sozinha, nem sempre acompanhada.
Eu acho que só se é verdadeiramente feliz quando se gosta de nós próprios, da nossa própria companhia e quando sabemos equilibrar isso.
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