Conheci este poema faz apenas um dia pela voz da atriz brasileira Ísis Valverde e gostei tanto porque é tão real.
Não sei se vocês o conhecem...?
Se a gente jogar uma pedra no vento Ele nem olha para trás. Se a gente atacar o vento com enxada Ele nem sai sangue da bunda. Ele não dói nada. Vento não tem tripa. Se a gente enfiar uma faca no vento Ele nem faz ui. A gente estudou no Colégio que vento é o ar em movimento. E que o ar em movimento é vento. Eu quis uma vez implantar uma costela no vento. A costela não parava nem. Hoje eu tasquei uma pedra no organismo do vento. Depois me ensinaram que vento não tem organismo. Fiquei estudado.
Se me perguntarem de onde sou, serei capaz de dar uma resposta que irá além de uma mera e simples localização geográfica, uma rua ou lugar físico. Eu direi que sou da terra dos sonhos. Dos meus sonhos. Os que vivo, os que sonho acordada e a dormir também, os sonhos que idealizo, que imagino e que crio ao pormenor sem descartar qualquer hipótese.
Serei mais menina por isso, mais ingénua, menos madura? A idade já não justifica sonhar? Devia deixar-me disso? Talvez, mas não quero saber. Eu sonho e não permito que me digam que não posso sonhar! Não há sonhos inconcretizáveis, há sim, pessoas que não conseguiram concretizar os seus e alimentam essa teoria de pouca fé e poluem a mente dos sonhadores pouco seguros com ela.
Pouco m'importa o que falam de mim, o quanto falam nem o que pareço para essa gente toda de pouca fé, cega por dinheiro e futilidade.
Eu sou daqui, dali, d'acolá. A terra donde eu venho é pequena, mas o meu querer é enorme e não se acalma! Se isso me faz mais ou menos, isto e aquilo... que se dane.
Ele é bonito, bem apresentado, jovem. Tem o mundo aos seus pés. É menino e homem conforme lhe convém. É forte, nada o detém. A pele é fina e limpa sem nenhuma marca que o possa condenar. Todos o admiram. As meninas que passam por ele, olhem-no de esguelha e dão risinhos silenciosos, ele sorridente e convencido ignora, porque ela dá-lhe tudo sem ele ter de lhe pedir nada. Estala os dedos e pronto. Os outros são uns coitados. Ele não. Ele é mais. É demais! As meninas vaidosas passeiam airosas, fazendo balançar as conchas porque, disfarçadamente, sabem o que lhes vale um corpo bonito. Deitam olhares aos rapazes que passam e falam sobre novas experiências. Sorriem quando eles se aproximam, fingindo timidez e inocência. E nada é mais importante do que a própria vontade. Haja paciência para os dilemas alheios. Não há tempo para esperar, escutar nem compreender. Há uma vida para viver! Mas, eis um dia que algo muda, ela já não lhes serve como servia. Surpreendidos, questionam-se. Olham ao seu redor. As meninas já não o cobiçam, as pessoas já não o admiram como dantes. Elas já não estão tão bonitas, as peles endureceram e formaram-se rugas e marcas. Tentam agarrar algo, mas não têm nada para agarrar. O que aconteceu? Aconteceu-lhes a vida. O tempo passou e com ele, ela foi. Agora têm de lutar sozinhos. O tempo parece que pára nas nossas mãos, mas é uma ilusão. Cuidado para não ficar preso nela. O tempo nunca pára e traz consigo as dificuldades da vida, levando-a aos poucos. A vida acontece e não perdoa ninguém.
Do que é que estou a falar? Estou a falar da juventude e da sua tola vaidade, que faz de todos nós o que quer e, de repente, abandona-nos sozinhos com as dificuldades que a vida nos impõe. E agora o que somos? Somos espectadores da juventude dos que vêm atrás de nós a cometer os mesmos erros que nós. Mas que podemos fazer? Pouco ou nada. A juventude apanha todos na sua rede, dá-nos a experimentar o seu melhor sabor e, num segundo, desaparece sem deixar rasto. Resta-nos as histórias, as amizades eternas, os amores antigos, as noites que nunca morrem nas nossas lembranças. Resta-nos o amargo arrependimento do que devia ter sido melhor vivido, a mortífera saudade, resta-nos as lágrimas felizes por recordar as pessoas, os amigos que fizeram parte, aqueles que permanecem e aqueles que o tempo afastou. Resta-nos a taça de vinho ao nosso lado e todas as marcas de uma juventude cheia de tudo. Resta-nos a vida.
Eu sei... é uma música infantil, mas ''é tão linda''! E por isso, partilho-a. Eu gosto muito do Roberto Carlos e deixei o Youtube tocar ''sozinho'' e ouvi esta música. E por que não partilha-la? Podem gozar-me à vontade. Força!
Letra ''Se tem bigodes de foca Nariz de tamanduá Parece meio estranho, heim! Também um bico de pato E um jeitão de sabiá Mas se é amigo Não precisa mudar É tão lindo Deixa assim como está E eu adoro, adoro Difícil é a gente explicar Que é tão lindo Se tem bigodes de foca Nariz de tamanduá E orelhas de camelo, né tio? É! Mas se é amigo de fato A gente deixa como ele está É tão lindo! Não precisa mudar É tão lindo! É tão bom se gostar E eu adoro! É claro! Bom mesmo é a gente encontrar Um bom amigo! São os sonhos verdadeiros Quando existe amor Somos grandes companheiros Os três mosqueteiros Como eu vi no filme É tão lindo! Não precisa mudar É tão lindo! Deixa assim como está E eu adoro e agora Eu quero poder lhe falar Dessa amizade que nasceu Você e eu! Nós e você! Vocês e eu! E é tão lindo! -Tio! -Heim! -É legal ter um amigo, né? -É maravilhoso Mesmo que ele tenha Bigodes de foca E até um nariz de tamanduá -E orelhas de camelo tio, lembra? -Orelhas de camelo? -É tio! -É mesmo, orelhas de camelo! Mas é um amigo, não é? -É! -Então não se deve mudar''
Bom dia, pessoas lindas e maravilhosas! Como está a vida por aí? Por estas bandas, o dia nasceu lindo! Só passei para dizer olá e, como (quase) sempre deixar o meu pensamento para o dia. Força aí, pessoal! Beijs. Cada dia que passa gosto mais deste alojamento!
Even if sometimes life goes wrong,we need to continue living to know what will happen in the end.
Sorri para ti mesma(o), Sorri ao espelho, Sorri para as pessoas, Sorri para a vida! Não te esqueças de sorrir Até para os problemas, Para os momentos maus da vida. Sorri também para a tristeza, Para a solidão. Sorri de dentro para fora, De um lado para o outro. Sorri!Imagem do Google Imagens
Eu não conheço muito da poesia de António Gedeão, talvez mereça levar um estalo por isso, mas conheço muito pouco, só a Pedra Filosofal e o poema Mãezinha que conheci na voz do ator Vitor D'Andrade que também não acompanho em lado nenhum, mas foi ele que me fez gostar deste poema através do programa Um Poema por Semana da RTP, que tem como objetivo dar voz à poesia de poetas e escritores que já partiram e que marcaram indevelmente a literatura na língua portuguesa. Os poemas são ditos por várias pessoas, homens e mulheres que, em comum têm o gosto pela poesia. Cada poema é dito por mais que uma pessoa. O programa tem a duração de 3 mintos a 5 minutos. Quando eu ouvi o ator Vitor D'Andrade a ''dizer'' o poema, eu adorei, pois ele usa um certo sarcasmo e ironia e isso só não dá voz como também dá vida ao poema.
Mãezinha
A terra de meu pai era pequena e os transportes difíceis. Não havia comboios, nem automóveis, nem aviões, nem misséis. Corria branda a noite e a vida era serena.
Segundo informação, concreta e exacta, dos boletins oficiais, viviam lá na terra, a essa data, 3023 mulheres, das quais 45 por cento eram de tenra idade, chamando tenra idade à que vai do berço até à puberdade.
28 por cento das restantes eram senhoras, daquelas senhoras que só havia dantes. Umas, viúvas, que nunca mais (oh! nunca mais!) tinham sequer sorrido desde o dia da morte do extremoso marido; outras, senhoras casadas, mães de fiilhos… (De resto, as senhoras casadas, pelas suas próprias condições, não têm que ser consideradas nestas considerações.)
Das outras, 10 por cento, eram meninas casadoiras, seriíssimas, discretas, mas que por temperamento, ou por outras razões mais ou menos secretas, não se inclinavam para o casamento.
Além destas meninas havia, salvo erro, 32, que à meiga luz das horas vespertinas se punham a bordar por detrás das cortinas espreitando, de revés, quem passava nas ruas.
Dessas havia 9 que moravam em prédios baixos como então havia, um aqui, outro além, mas que todos ficavam no troço habitual que o meu pai percorria, tranquilamente no maio sossego, às horas em que entrava e saía do emprego.
Dessas 9 excelentes raprigas uma fugiu com o criado da lavoura; 5 morreram novas, de bexigas; outra, que veio a ser grande senhora, teve as suas fraquezas mas casou-se e foi condessa por real mercê; outra suicidou-se não se sabe porquê.
A que sobeja chama-se Rosinha. Foi essa que o meu pai levou à igeja. Foi a minha mãezinha.
Eu fico com a pureza Da resposta das crianças É a vida, é bonita E é bonita No gogó! Viver E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz Ah meu Deus! Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será Mas isso não impede Que eu repita É bonita, é bonita E é bonita Viver E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz Ah meu Deus! Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será Mas isso não impede Que eu repita É bonita, é bonita E é bonita E a vida E a vida o que é? Diga lá, meu irmão Ela é a batida de um coração Ela é uma doce ilusão, ê ô! Mas e a vida Ela é maravilha ou é sofrimento? Ela é alegria ou lamento? O que é? O que é? Meu irmão Há quem fale Que a vida da gente É um nada no mundo É uma gota, é um tempo Que nem dá um segundo Há quem fale Que é um divino Mistério profundo É o sopro do criador Numa atitude repleta de amor Você diz que é luta e prazer Ele diz que a vida é viver Ela diz que melhor é morrer Pois amada não é E o verbo é sofrer Eu só sei que confio na moça E na moça eu ponho a força da fé Somos nós que fazemos a vida Como der, ou puder, ou quiser Sempre desejada Por mais que esteja errada Ninguém quer a morte Só saúde e sorte E a pergunta roda E a cabeça agita Eu fico com a pureza Da resposta das crianças É a vida, é bonita E é bonita Viver E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz Ah meu Deus! Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será Mas isso não impede Que eu repita É bonita, é bonita E é bonita Viver E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz Ah meu Deus! Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será Mas isso não impede Que eu repita É bonita, é bonita E é bonita (bonito!) Viver E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz Ah meu Deus! Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será Mas isso não impede Que eu repita É bonita, é bonita E é bonita Viver E não ter a vergonha De ser feliz
- O que tu queres de mim? - O que me quiseres dar. - E se eu quiser te dar só amizade? - Então, aceito a tua amizade. - Porquê? - Porque eu amo-te e não te quero perder. Se tu me quiseres dar só amizade, eu vou aceitar. Eu não quero ir além de ti. Eu quero ir contigo.
E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José?
Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?
E agora, José? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio — e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora?
Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José!
Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, para onde?
Pelo sonho é que vamos, Comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não frutos, Pelo Sonho é que vamos. Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo Que talvez não teremos. Basta que a alma demos, Com a mesma alegria, Ao que desconhecemos E ao que é do dia-a-dia. Chegamos? Não chegamos? -Partimos. Vamos. Somos.
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