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O blog do Mau Feitio

Aqui sinto-me em casa. E de que falamos na nossa casa com quem nos faz sentir bem? Sobre tudo!

O blog do Mau Feitio

Aqui sinto-me em casa. E de que falamos na nossa casa com quem nos faz sentir bem? Sobre tudo!

Faz-me de parva, que eu deixo.

No outro dia, fui à cidade passear e também tratar de umas coisas que estavam pendentes. Enquanto, estava às voltas no centro comercial, entrei numa loja que, raramente entro por ser uma loja mais direcionada para crianças e adolescentes, mas tem uns acessórios giros que dá para usar e são mais baratos. Escolhi o que quis e fui pagar, no entanto, já estava a contar levar mais um acessório. No caixa, a funcionária que, provavelmente ronda a minha idade ou menos ainda (mas ela não sabe. Ela deve pensar que tenho 14 anos, como acontece sempre)... fez uma jogada barata para eu comprar mais e disse: '' Se tu comprares mais um, o segundo fica mais barato e a compra também.'' , coisa que detesto, como também detesto que se dirigem a mim na segunda pessoa do singular ''tu'' em qualquer estabelecimento onde não sou conhecida. Claro que aqui no meu concelho, todas as pessoas tratam-me por ''tu'' mas conhecemo-nos e há carinho mutuo. Ok... eu é que me meti na loja de putos... mas nem que eu vá à loja mais chique do mundo e gaste uma quantia absurda, tratam-me sempre por ''tu''.

Eu sabia que o valor final seria mais caro mas como estava estafada e já tinha pensado em levar dois, eu aceitei a jogada da treta, mas olhei para as funcionárias todas radiantes por terem convencido a '' parvinha''. No meu interior, eu é que estava a chama-las de parvas, mas deixei que pensassem que eu sou uma tola. Comprei o segundo acessório, paguei mais do que iria pagar se tivesse levado só um, mas 'tá-se bem. Eu disse para mim mesma: ''eu já queria levar dois, por isso, 'tás à vontade para me fazeres de parva.'', além do que estava cansadíssima para discutir fosse o que fosse. Porém, o maldito do segundo acessório, não vale os tomates de um tomateiro, já se partiu ontem.

 

Já vos aconteceu algo parecido?

 

Hoje estou a procrastinar por casa e vocês?

 

Beijs.

Relembrando posts antigos

Tive uma ideia

Uma vez que me alojei aqui com o blog ''a meio'', tive a ideia de relembrar (republicar) alguns posts que eu gostei muito de escrever e sinto um certo orgulho em tê-los escrito. Assim, o post que se segue foi escrito há 1 ano e mais ou menos 1 mês e dias e tem o título:
 
 
Pessoas de Cartão
 
 
19-02-2018
16h07
 

Eu olho o mundo pela minha janela e vejo-o a vender-se por milhares de ‘’coisas’’, mas são milhares de ‘’coisas’’ vazias, ocas, sem conteúdo, sem matéria… essas ‘’coisas’’ chamam-se carros, roupas, marcas, sapatos, malas, joias, objetos, casas, cómodos… isso tudo faz parte de uma imagem. Uma imagem que se quer ter para impressionar, cativar, conquistar,enganar, iludir, induzir em erro. Uma imagem que é exigida, disfarçadamente imposta pela sociedade, pelo mundo que nos rodeia porque faz parte de mil e umr equisitos que uma pessoa tem de ter, deve ter, é obrigada a ter para entregar aqui, ali, acolá. É como se a imagem detetasse o carácter de alguém. Aliás, o que é ser pessoa, hoje em dia? É ser imagem. A sociedade vive numa corrida frenética à imagem, à melhor imagem para obter o melhor lugar, a melhor casa, o melhor carro, as melhores roupas das melhores marcas, o melhor posto de trabalho, a melhor poltrona, a melhor secretária…

As pessoas andam aos tombos uma com as outras, aos empurrões, aos puxões de cabelos para chegar primeiro, para ter o melhor lugar porque cada um tem mais, merece mais, tem um papel a mais. E isto, e aquilo…ninguém pode ter mais do que eles, se tiver, tem de ser justificado, escrito, atestado, explicado… e tudo porquê? Pela maldita imagem!
E, vejam só o que uma secretária, uma cadeira, um posto de trabalho novos, uma casa grande, um bom carro e, meia dúzia de outras‘’futilidadezinhas’’ fazem: empinam o nariz, levantam o pescoço, reviram osolhos, olham por cima do nariz, falam ‘’politiquês’’, endireitam as costas (até lhes doer a espinal medula) e, andam em linha reta sem reconhecer ninguém, porque trabalha-se ali, acolá e o patamar é outro. E que patamar! O patamar da tolice, da parvoíce, da futilidade e muitos mais ‘’íces’’. Três palmadas em criança e, uma carga diária consideravelmente pesada em adulto e acabava-se os patamares, os altos níveis que passeiam e deixam o cheiro a podre por onde passam. Mas, infelizmente, não há trabalho pesado para quem merece e o tal canudo não deixa. Que canudo é esse… Senhor! Que livra tanta gente da merecida lida. E o que é que vale? A imagem.
Podem passar fome, podem passar frio e sede… podem ser miseravelmente infelizes e insatisfeitos com as suas vidas, podem não saber a ponta de um corno, mas o que é que tem?!
O que importa é a imagem que a sociedade vê, a roupa que a sociedade admira, a casa, o carro que a sociedade cobiça… a feliz relação que os outros e as outras invejam! Que importa que se viva como cães e gatos, que se agridem, que se traem? O que importa é o que se vê! Assim pensa a sociedade. Sinceramente, eu prefiro pessoas do que imagens. Eu prefiro uma casa pequena com tudo o que eu gosto. Eu prefiro uma roupa que me caia bem e que me faça sentir bem.
Eu prefiro obter só aquilo que eu possa comprar,  o bastante para me satisfazer e não passar fome, frio, sede porque gastei o que tinha.
Eu prefiro as pessoas com conteúdo, com matéria, com conhecimento, pessoas cheias de sentimentos bons.
Se essas pessoas de quem eu gosto trabalham atrás de um balcão, a servir às mesas, a varrer a via pública, a limpar casas… então são pessoas reais e admiráveis!
Eu vim da pobreza, por isso sou rica. A felicidade é pobre, mas adormece de barriga cheia. As pessoas perguntam-me por que ando sempre tão feliz, então... eu não tenho riqueza nenhuma pela qual me chatear,eu não sei identificar marcas, não sei discutir sobre dinheiro, o aspeto e o materialismo passam-me ao lado, gosto das coisas bonitas e simples do mundo e acho a vida linda…
A imagem de alguém está na capacidade de desempenhar bem o seu trabalho, na capacidade de ser sincero e humilde. Ter uma boa apresentação, estar em condições (roupa adequada, limpo, etc..) o mínimo que é     pedido, claro. Mas não é uma imagem que faz uma pessoa.
 

Antes de serem uma imagem, tentem ser alguém. É bom.
 
 
Imagem do Google Imagens
 
 
 
 

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