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O blog do Mau Feitio

Aqui sinto-me em casa. E de que falamos na nossa casa com quem nos faz sentir bem? Sobre tudo!

O blog do Mau Feitio

Aqui sinto-me em casa. E de que falamos na nossa casa com quem nos faz sentir bem? Sobre tudo!

É poucochinho

O bem que se faz não se apregoa

Usando uma das expressões em alta do SS8, partilho convosco uma situação que se repete  de vez em quando e que mais valia estarem com a matraca fechada. 

Ao longo da minha vida de 34 anos, aparece-me umas aves raras que sabe-se lá porquê, gostam de me atirar à cara:

-"Se não fosse eu... tu... " qualquer coisa,

-"Eu contribuí muito para a tua evolução aqui na cidade ",

-"Eu falei às pessoas sobre ti para te aceitarem ",

-"Nem imaginas os esforços que eu tive de fazer para seres integrada"...

E por aí vamos..  

Até parece que eu não sou uma pessoa válida, maravilhosa, linda, única,  autêntica. 

Que desplante!!

Eu já nem contradigo a pessoa,  porque o nojinho que vive no meu cérebro fica a olhar para a pessoa e diz:

- " A sério? Precisas disso para te sentires uma pessoa válida?"

É poucochinho.  Para mim,  essas pessoas precisam de validação e pegam em coisas tão pequenininhas, para se fazerem de bons samaritanos.

Eu cá pergunto:

Fizeste-me? Tiveste-me? Andaste comigo durante 16 anos para terapias e fisioterapias? Foste meu/minha professora? 

Não.  

Enfim... 

Olha sinto muito que com tantos anos de vida tenhas tido de esperar por mim para eu contribuir para que  tu contribuires com alguma boa ação na sociedade. 

Se te reconforta, se dormes melhor em acreditar nisso, pega na medalha.  Mas celebras sozinho/a.

É muito poucochinho, mesmo!

Não aconteceu recentemente,  mas algo revivou a memória e quis escrever sobre. 

 

Os Quatro da Candelária

Minissérie da Netflix

Estreou no passado dia 30 de Outubro na Netflix.

Esta minissérie de quatro episódios retrata a história real da chacina que se sucedeu na noite de 23 de Julho de 1993 no centro do Rio de Janeiro onde as vítimas foram crianças.  Oito jovens com idades compreendidas entre os 11 e 19 anos morreram, enquanto dormiam, alvejados por polícias. 

Cada episódio conta a história de cada um dos protagonistas, Os Quatro da Candelária. Primeiro, o Douglas, de seguida o Sete, Pipoca e, por fim, Jesus. As histórias ganham forma com o seu passado, a dura realidade que vivem e a imaginação fantástica de cada um.

A minissérie não retrata totalmente a fria e cruel realidade dos seus dias, mas acho que não é necessário. 

Milhares de crianças e jovens abandonados na rua, a dormir em escadas de igrejas, lugares escondidos e sujos a contraírem doenças de rua, a prostituírem-se e a serem abusadas e exploradas a torto e a direito,  não é necessário que uma minissérie nos mostre o que à partida já sabemos. 

Por sua vez, optaram por nos mostrar o espírito de união, entreajuda e de amizade ou melhor, de irmandade que existe entre os quatro amigos que tentam sobreviver a mais um dia nas ruas, esperançosos por um futuro digno.

É algo que me causa bastante impacto.

Que sistema é esse que permite crianças a viverem na rua? Que sociedade é essa que não lhes dá o direito a sonhar, de serem crianças, o direito de escolha?

Onde está Deus que não abre as portas da Sua Casa para abrigar e proteger essas crianças? 

E onde estão os pais, isto é,  se alguma vez,  o foram?

Eu não entendo!!

Consta ainda que os polícias foram condenados a mais 200 anos de prisão,  mas que foram libertados algum tempo depois. 

Como é possível?!

jesus-andrei-marques-douglas-samuel-silva-sete-patAs últimas pesquisas indicam que há cerca de 222 mil crianças em situação de rua no Brasil.

É importante trazer essa realidade para o público, mostrar verdadeiramente o que se passa através da televisão e do cinema, porque é sim, uma forma de denúncia do abuso de poder, da corrupção,  da negligência e do desinteresse social pelo mais fraco,  mas é urgente tomar as rédeas!   Abrigar essas crianças, protegê-las, acolhê-las em casas onde de facto são salvas, protegidas e não exploradas e abusadas.  Foram contabilizadas 222 mil e o resto que ninguém vê, que ninguém sabe? Ou melhor,  que TODA A GENTE VÊ E SABE  mas que ninguém quer se responsabilizar.

Mais do que homenagear as crianças e jovens cujos sonhos e futuro foram roubados,  é imperativo devolver-lhes esses sonhos e dar-lhes uma  oportunidade de futuro.

                                 ****

Em Lisboa - Portugal, todos os anos, são retiradas da rua cerca de 80 crianças,  diz-se que ainda é um "fenómeno invisível".

A ONU informa que cerca de 1 bilhão de crianças sofrem de algum tipo de violência todos os anos.

E a minha pergunta persiste, onde está Deus?

 

*Imagem retirada da Internet 

Mais informações:

Informação BR

Informação PT

Informação ONU

 

"Já 'tou indo!"

Hoje caí e bati com o canto d'olho direito (mais conhecido por fonte) numa quina de uma mesa. Sangrou moderadamente e durante 20min, eu senti todos os sintomas do mundo: cólicas, náuseas, vontade de evacuar, tonturas, calafrios...

Enfim, mas na agonia consegui chamar o meu namorado que veio do trabalho a meu socorro e levou-me ao hospital. 

Por causa de um incêndio que houve no hospital há cerca de 3 ou 4 meses atrás,alguns dos serviços do hospital estão divididos por todas as unidades de saúde da ilha, nomeadamente as Urgências. Nós sabemos.  Mas precisávamos que nos indicassem para onde devíamos ir, já que a linha de saúde não nos atendeu. 

Chegados ao hospital, as assistentes técnicas e operacionais tentaram nos ajudar da melhor forma e chamaram uma médica que estava nos cuidados intensivos para me ver.

Mas que besta!!

Veio, perguntou o que me tinha acontecido e depois tratou-nos como se fôssemos burros:

"- Eu não posso fazer nada. Não sabia que as Urgências não são aqui?"

"-Têm de ir à Cuf. Não podem ir à Cuf?"

"-Não posso fazer nada. Têm carro? Podem ir à Cuf no vosso carro? Vão à Cuf."

Eu respondi: 

"-Já 'tou indo!" -- levantei-me e fui.

Deixei-lhe a falar sozinha e fui à Cuf onde as Urgências do hospital estão a trabalhar. 

Por que ela se deu ao trabalho de vir cá baixo dizer-me que não podia fazer nada.

Não viu o corte, não limpou a ferida... não teve a mínima sensibilidade.  Eu bati com um lugar perigoso.  Podia ter ficado mal.

Fui mal educada? Sim. Talvez. Mas  estava a sangrar. Desorientada... 

Muito incompetência. Muita falta de interesse e cuidado pelos utentes.  Já nas Urgências, estive eu mais de 2h com um corte na cara a sangrar... até ser atendida e ainda na triagem deram-me a pulseira verde, depois é que viram que o corte estava a sangrar mais do que parecia, deram-me então a pulseira amarela mas não mudaram no sistema.  Então tudo bem, não é? Uma pessoa ali com um corte num sitio perigoso, podia ter-me dado alguma coisa  que estava tudo bem. Não só sou eu. Havia lá pessoas mesmo com cara de dor à espera, à espera, à espera...

 

Fui tola? Sim, mas...

Na semana passada aconteceu algo que me deixou tão desconfortável que me levou a levantar-me da mesa do café sem tocar naquilo que acabara de pagar para comer.

Quase todos os dias por volta das 16h30, vou a um café tomar alguma coisa. Vou sempre ao mesmo café e até sou muito bem atendida, não tenho razão de queixa, até que... há um(a) funcionário(a)... (não vale a pena ires ao ginásio que sempre que abres a boca... estragas tudo...).

Primeiro, atrás de mim na fila para atendimento, surge um pai que na brincadeira (sim, eu percebi que era na brincadeira) pergunta ao filho de 5 ou 6 anos, suponho eu,  qual é o tabaco que ele quer porque o menino estava a brincar no ecrã da máquina de tabaco. O CAFÉ TODO olha para ele, mas o gajo só repara em mim.

Ele tenta explicar-se DA PIOR MANEIRA.

- ''Agora toda gente pensa que vou dar tabaco ao meu filho...'' - disse, dirigindo-se para a senhora que o acompanhava.

- ''Eu não vou dar cigarros ao meu filho, não se preocupem. Eu não sou cigano!'' - exclamou.

O QUÊ?!

Eu não posso ouvir essas coisas!!

Não é preciso ser-se cigano para se ser negligente com um filho.

Existem bons pais e maus pais de todas as etnias, raças, estatutos e classes sociais!

E, de repente, do nada... penso que foi por que me ouviu a fazer o pedido e percebeu que eu tenho um problema na fala, diz: ''Ah já sei porquê que olhou para mim... tem um atrasozinho...''

Vocês podem imaginar a explosão que houve na minha cabeça?!

Toda a gente olhou para ele e ele só reparou em mim... eu acho que ele quis amenizar de alguma forma o facto de ter feito aquela pergunta estúpida ao filho.
Foi na brincadeira mas estúpida na mesma!!

Nisto, houve algo que me chamou à atenção: a senhora que estava com eles não se pronunciou uma única vez... ou não se quis comprometer com toda aquela estupidez ou é totalmente manipulada por ele, creio que fosse a companheira dele e mãe do menino.

Depois, na fila de atendimento para pagar, surge o(a) tal funcionário(a) que começa a falar de mim para os colegas como se eu não estivesse ali, sendo que estava ao meu lado.

Eu já tinha feito o pedido mas eu vi que não tinha dinheiro que chegasse  e disse ao(à) funcionário(a) do caixa que ia buscar o restante à mala que já tinha pousado na mesa. Entretanto, o(a) funcionário(a) do caixa segue para outros pedidos (o que eu também não achei muito correto, podia ter esperado 5 segundos. Mas também não sei se são as regras...), mesmo assim, pus-me na fila para pagar, o pedido já estava registado. Era só pagar.

E o(a) tal funcionário(a) a falar de mim na minha presença como se não estivesse ao meu lado, como se eu tivesse um atraso...

-''Para quem este pedido?''

-'' É para ela?!'' - apontando para mim.

Eu olhei. E pergunta-me a gritar, sublinho que estava ao meu lado, ''É PARA TI??? É SÓ ISTOO??

Eu: Não. 

- '' O QUE É QUE ELA QUER MAAAISSS?'' - pergunta aos colegas.

Os colegas a tentarem trabalhar e a responder também...

Dirige-se de novo para mim:

- ''PODES SENTAR-TE''

Eu educamente: ''ainda não paguei...''

Agora baixinho:

''Ela ainda não pagou??''

Eu: Não...

Três vezes,  eu disse.

-Não!

- '' tá ruim...'' - disse referindo-se a mim.

Eu só respondi: ''eu não 'tou ruim...'', mas com vontade de lhe explodir com a cara.

Aquilo estava a fazer-me um embrulho e, finalmente, eu consegui pagar porque as clientes que, supostamente, estavam atrás de mim e passaram-me à frente só porque eu fui buscar a carteira, cederam-me o lugar com muita pena de mim... tendo conversas paralelas com o(a) tal funcionário(a) sobre mim por cima de mim, como se eu não estivesse ali, estando eu no meio daquilo tudo. 

Paguei e fui sentar-me, a tal pessoa foi servir-me. Mas eu não consegui nem olhar para a comida. Só olhava ao meu redor, via o pai com o menino, via o(a) tal funcionário(a), as clientes... só me senti enojada com tanta podridão que me levantei e fui-me embora sem olhar para trás. E NEM TÃO CEDO VOLTO LÁ.

Devia ido embora antes de pagar, mas só pensei a seguir... no momento exato dos acontecimentos, eu congelo. 

Fui tola? Sim, mas...

 

 

 

Fiz uma reclamação!

Pela primeira vez.

Na semana passada fui a um restaurante/café para beber um galão e comer um doce.

Porque eu tenho uma deficiência na fala não consegui fazer-me entender à primeira, mas o comportamento dos funcionários que me atenderam foi inadmissível. 

Vocês sabem aqueles adolescentes  que se riem de qualquer coisinha que até nos dá vontade de lhes arrebentar a cabeça?

Era isso que parecia. 

Talvez ainda sejam adolescentes e estejam ali a fazer part-time, no entanto, isso não justifica ficarem assustadissímos comigo como se eu fosse um extraterrestre e rirem-se de mim como se eu fosse um palhaço.  

Foi isso que se passou.

Não me entenderam, então ficaram a olhar para mim como eu fosse um alienígena, a passar a "batata quente" um ao outro, a rir-se na minha cara e sussurrar sobre mim à minha frente como se eu não estivesse ali...

Se o cliente que estava na fila percebesse português eu sentia-me humilhada. E senti-me mesmo!

Quando finalmente consegui fazer-me entender,  sentei-me tomei o galão, comi o meu doce, de seguida,  decidi fazer reclamação,  porque eu até sou muito compreensiva mas já chega! 

Século XXI,  2023 já é altura de ultrapassar esses problemazinhos da treta e preconceitos parvinhos de quem tem cérebro de galinha. Cá sei, sejam criativos, inovadores,  ofereçam o menu para tentar entender. 

Quando eu pedi o livro de reclamações,  o rapaz tontinho nem sabia onde estava o livro. Passou 15 minutos à procura,  foi preciso outra pequena vir também nada profissional que não se preocupou muito mas lá foi e encontrou-o.

Enfim... eu sei que a reclamação não vai fazer grande efeito mas fi-la, acreditando que vá mudar alguma coisa. 

Recebi um email Standard a pedir desculpas e blá, blá, blá...

Na minha opinião,  eles não tiveram aquele comportamento por preconceito, mas sim, por imaturidade.

Cada vez mais, eu vejo miúdos muito novos a trabalhar sozinhos em cafés e restaurantes e quando isso acontece é um pandemónio.  Quando chega um colega mais velho  ou mais maduro mudam de atitude.

images.jpeg---------------------------------------------------------------------------------  Imagem do Google Imagens 

Mas o que é que eu tenho a ver com isso?

Ontem à tarde, fui a uma grande superfície fazer umas compras de produtos que me faltavam...

Já na fila do caixa para pagar,  reparei que uma das funcionárias do caixa estava livre, apenas estava a passar creme nas mãos ou a limpar as peles das unhas ou o excesso de verniz. Algo do género. Pouco preocupada com a fila de clientes que aumentava a cada minuto. 

Ao ficar fascinada com tanto profissionalismo da sua parte, aproximei-me determinada para fazer o pagamento,  ao perceber a minha atitude,  a senhora teve de proceder ao pagamento mas estava tão desnorteada que só me deu vontade de sacudi-la: Acorda!

Primeiro disse: " Desse lado."

Eu olhei para ela e respondi:" Eu sei."

Não estava propriamente a pensar ir para o outro lado do caixa. 

Perguntou-me duas vezes se eu queria saco ao que respondi: " eu já disse que sim."

A mesma coisa para " quer contribuinte?"

Eu fiquei confusa e comecei a pensar se eu já não tinha respondido...

Por fim, percebi através de um desabafo da mesma  num monólogo que já tinha passado sa sua hora e que a/o colega estava atrasada/a...

Mas,  na minha opinião,  os clientes não têm nada a ver com esses assuntos nem conflitos.  

Ou das duas uma, ou ela era sincera e dizia que não ia atender mais ninguém,fechava o caixa e ia-se embora ou se escolheu ficar ali a trabalhar até o substituto aparecer, assumia como deve ser.

Agora aquele comportamento é uma tremenda falta de profissionalismo. 

Pessoas desprovidas de bom senso

Moo e Bé

Eu tive a ideia de recriar alguns episódios menos felizes (ou não) do meu passado (ou não) através de pequenas histórias ilustradas sem explicar muito sobre o episódio em si.  Chamar-lhes-ei Conto-te uma história desenhando.

Para esta primeiro história criei a vaca Moo e a gatinha Bé. A vaca Moo tem 26 anos, ou seja, idade suficiente para saber o que dizer e não dizer a uma pré-adolescente de 13 anos, no caso, representada pela gatinha Bé.

Ora aqui está:

A vaca adulta diz para a gatinha ainda criança (1

 

Espero que gostem =)

Se pegar eu continuo a fazer mais histórias.

Beijs

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Feito por mim no Canva

Ao que isto chegou...

Eu não sei se vocês assistiram ontem às notícias ou  já leram a notícia sobre a influencer brasileira que pegou em roupas de um centro de doações destinadas a refugiados e pô-las à venda na Internet?

Segundo ela, nós portugueses fazemos isso porque as coisas são muito baratas, então doamos. Assim do nada... Baratas aonde?? Essa pessoa deve viver numa realidade paralela.

Então nós portugueses estamos cada vez pior, quase a passar fome e doamos roupa porque sim. 

Ó minha Nossa Senhora!

Isso não é um ''brechó'' ou não sei o quê... É UM CENTRO DE DOAÇÕES DESTINADO AOS MAIS NECESSITADOS!

Que desplante! Então as pessoas iam dar roupa assim... só porque sim? 

Para vender, os próprios donos da roupa, vendiam-na, não a doavam... DUH!

Em sua defesa diz: "não é crime nenhum você fazer o que quiser com as peças".

Não, não é. Mas é falta de respeito, de carácter, de empatia, de consciência, de alguma coisa.

Simplesmente, não se vai a um centro de doações pega-se nas doações e vende-se. Não se vai a um centro de doações se não precisas. Doações são para pessoas que estão em estado de miséria e extrema necessidade.

afirmou ainda que falou com uma das responsáveis pelo espaço que visitou em Portugal, que lhe terá explicado que as peças para pessoas carentes, como refugiados, são previamente separadas.

 

Se isto é verdade, eu acho que o dever da responsável é encaminhar as restantes peças para outros centros ou de acordo com a junta de freguesia distribuir pelas famílias mais carenciadas.

E porquê que não são apenas guardadas? O que não devem faltar são pessoas a precisar de roupa. E como assim, qualquer um pode entrar e levar? Também não percebi essa.

 

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Notícia aqui

Pequeno-almoço com direito a espetáculo de parkour

Já que o pequeno-almoço foi caro que nos deem espetáculo

Esta manhã fomos fazer análises e depois decidimos ir às compras, uma vez que, está a chover a potes e falta umas coisas em casa, assim já fica feito. 

Entretanto, optámos por comer algo primeiro, então fomos ao café ao pé do sitio onde íamos fazer as compras.

Particularmente, eu não gosto muito daquele café porque acho que é frequentado por pessoas que não sabem estar, assim como, funcionárias sem muitas maneiras mas pronto. Lá fomos.

Depois de pedir o que queríamos, atravessamos as mesas e as pessoas barulhentas do café e sentámo-nos na última mesa de trás e, de repente, uma das funcionárias sai da cozinha, descalça as sapatilhas e sobe uma das mesas e o frigorífico das bebidas e senta-se ali para tirar o relógio da parede e colocar pilhas novas.

Já que o pequeno-almoço foi caro que nos deem espetáculo.

 

Lamentável!

Falta de bom senso, maturidade e compaixão

Na Segunda-feira de manhã fui à cidade resolver uma situação e à porta de um escritório que por acaso não sei do que se trata, estava um senhor a dormir no canteiro de flores que pertence a esse mesmo escritório. 
Pelo aspeto, não era um sem-abrigo mas talvez, um sexagenário com um copo de vinho a mais (neste caso, um pacote).
Na minha opinião, o que é lamentável não é tanto a situação em si, claro que é triste e a mim faz-me pensar onde está a família dessas pessoas, os filhos, se os têm... Como devem passar o dia,  se comem, têm para onde ir? É lamentável sim, mas não é tão lamentável como o facto de outro senhor de 50 anos mais ou menos, todo aprumado que com certeza não lhe deve faltar nada sair do escritório, pelo que me pareceu trabalha nesse escritório, para tirar fotografias ao senhor a dormir para partilhar, provavelmente, nas redes sociais ou  fazer uso daquilo de outra maneira. E sem autorização.

É uma grande falta de bom senso, maturidade e compaixão!

Simplesmente, não se goza dessas pessoas nem dessas situações, porque são pessoas que já perderam o rumo da vida.
Eu não sei o que leva alguém para a rua... Sim, na maior parte das vezes, a culpa é das próprias pessoas mas quem somos nós para julgar? Não sei onde estarei amanhã... a verdade é essa.
Que eu tenha sempre sabedoria e discernimento para contornar o pior, mas é preciso saber viver e eu considero que a linha que separa o discernimento do deslumbre é muito ténue. Qualquer um de nós pode cair nas teias da vida e acabar sem nada, perdidos na rua, na droga, na prostituição e na mais gélida solidão.
Nós não sabemos. 
Às vezes, tivemos tudo e acabamos sem nada ou vice-versa e, às vezes, nunca tivemos nada e acabamos sem nada. 
Por vicissitudes da vida ou por própria culpa, isso são vidas muito frias e cruas que quando se entra é muito difícil retornar. Há quem tenha essa força e parabenizo essas pessoas mas há quem não...

Só nos resta ter compaixão e deixar estar. Se não incomoda, deixar estar.

Quanto ao senhor a dormir, tenho a impressão de já o ter visto nas ruas mas também não sei a história de vida dele, até pode viver num abrigo mas como não é permitido entrar alcoolizado nos abrigos, poderá ter adormecido ali. Digo isto, pelo aspeto.  Até podia ter a família à procura dele, não sei... Mas não me parece ser muito lúcido das suas ações.

Só acho que é escussado gozar com essas situações. Tamanha necessidade foi aquela de se levantar da sua mesa de trabalho a rir-se e tirar a fotografia deliciado com a imagem. Pobre de espírito. 

Se realmente estivesse a impedir o bom funcionamento do escritório alguém que o acordasse ou senão, chamavam a polícia municipal e pronto.

Enfim... Sinto vergonha alheia por ver que pessoas que estão bem na vida estejam a rir-se às custas dessas pessoas e situações.

Nem de propósito

Boa noite,

Desde já, quero desejar um bom mês de Dezembro para todos. 

E antes de terminar o dia, gostava de escrever sobre o dia de hoje.

É provável que este dia passe despercebido para muitas pessoas, mas hoje é 3 de Dezembro - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

Ok, ok... eu não vou falar outra vez de mim. Vocês já sabem e se não sabem, saberão conforme lerem o blog.

Ontem eu vi uma publicação no Facebook, uma publicação que já vi várias vezes e nem de propósito, apareceu-me mesmo quando estava a pensava no que podia escrever.

Esta publicação:

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Bom... à primeira vista é ridículo, não é? Vender fruta cortada dessa maneira... até parece que as pessoas não têm força para tirar a casca de uma simples clementina ou tangerina.

Mas... antes de comentarem ou reagirem, por que não pensam? Por que não pensam antes de postar essas imagens? 
 
Para uma pessoa sem deficiência até pode ser ridículo, demais. Um absurdo. Mas imaginem, para uma pessoa com deficiência cujas mãos estejam condicionadas, isto ''salva-a a vida''.

Por exemplo, eu tenho a mão direita paralisada (não totalmente)  não tenho pegada fina, não consigo descascar nem cortar algumas frutas, por exemplo: melancia (a minha fruta preferida), kiwi, melão,  meloa... as clementinas eu consigo, por isso eu compro clementinas e não compro laranjas.

Às vezes, no Verão apetece-me comer melancia e eu não consigo cortar e quando eu vivia num quarto arrendado não dava jeito de comprar uma melancia, então comprava essas couvetes de melancia, melão, mamão e deliciava-me toda.

E não é só para pessoas com deficiências, também serve muito bem para pessoas que partilham casa e por isso, não têm frigorífico só para si, pessoas que vivem sozinhas... em estúdios mínimos, para o lanche das crianças, elas acham piada a essas coisas. Pessoas que não comem muita fruta, mas ''vá lá... todos temos de comer fruta, de vez em quando.''

Eu, como pessoa com deficiência, digo que ainda bem que criaram essa alternativa de vender fruta cortada. Foram as inúmeras vezes que desejei comer uma melancia, um melão, um kiwi e não comprei porque sabia que não consigo cortar.

Além disso, permite que a pessoa com deficiência possa comer sem ter de pedir que lhe cortem ou descaquem a fruta.

Vocês imaginam o prazer que uma pessoa com deficiência sente em não ter de pedir ajuda e depender da boa vontade alheia, ainda mais, quando se trata de pedir ajuda para comer...?


 

Imagem: Facebook.

Antes ser burro 1500 vezes do que ser ignorante a vida inteira

Pensamento do dia

Eu não sei tudo nem pretendo saber tudo só num momento porque eu penso que a vida só é interessante quando temos algo para aprender. Que piada terá uma vida quando a pessoa já sabe tudo? Que frustante!

Eu não sei o que é morrer nem imagino como será o meu último dia de vida, no entanto, considero que será quando eu já não tiver nada para aprender. Eu vejo a vida de muitas formas e esta é uma delas.

Contudo, quando eu preciso de ajuda em algumas situações, muito por falta de experiência, algumas pessoas começam a rir-se de mim disfarçadamente, porque talvez é óbvio para elas. Uma vez, dirigi-me a uma instituição e fiz uma pergunta óbvia (agora eu sei que era uma óbvia) e a pessoa que me atendeu riu-se da minha cara. Nunca mais me esqueci. Na minha opinião, apesar do elevado nível de estudo que essa pessoa possa ter, não passa de uma pessoa ignorante porque ninguém começou nada na vida sem fazer bosta. Nenhum jogador de futebol foi bom à primeira, nenhum professor, nenhum médico... ninguém. E talvez essa pessoa lá na sua vidinha e no trabalhinho que tem deve cometer cada bosta uma maior do que a outra...

Posto isto, eu penso que sempre que uma pessoa não sabe, diz-nos que não sabe (mesmo que já a tínhamos ensinado 1500 vezes, mesmo que seja óbvio) e se de alguma forma pede-nos ajuda, devemos ajudar, primeiro porque já houve tempo de nós não sabermos fazer o que a pessoa não sabe hoje e haverá coisas que essa pessoa nos poderá ensinar amanhã.

 

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ImagemGoogleImagens

 

Eu intimido alguém?!

Olá. Ça va bien?

Eu sei que há um mês que não escrevo nada. Não tenho tido tempo para escrever. O que é bom porque significa que estou ocupada. Mas tenho que me dedicar mais ao blog, afinal uma das ações que mais me dá prazer na vida é escrever.

Porém, não é disso que se trata este post.

Recentemente, eu percebi que provavelmente, intimido algumas pessoas... e eu pergunto com'é possível?! Não é que eu me considere menos do que os outros, cada um tem o seu lugar no mundo e como tal, eu tenho o meu. Não sou mais nem menos. Eu sou eu. Eu não vou expor a situação porque esta envolve outras pessoas e vocês sabem que eu não gosto de mencionar nomes ou descrever ao pormenor quando há outras pessoas envolvidas. E roupa suja eu lavo no tanque. Obviamente, que tudo o trago para aqui, envolve sempre pessoas, o que é normal mas há posts com os quais eu tenho de ter mais cuidado.

Bem, muito resumidamente, tem havido algumas pessoas que estão interessadas na minha vida, no que eu faço, por onde eu ando, quando, fazendo perguntas e comentários a terceiros meio que com o objetivo de ''controlar''. Não sei o que estão a controlar mas pronto. E às vezes, sentem necessidade de marcar território.Também não percebo qual é o território. Não tenho nada em meu nome. Sou pobre sem património e apenas sou dona da minha vida. Eu e Deus. Amén.

Mas fico estupefacta!

Nunca pensei que eu com o meu 1,46cm, um bocadinho descoordenada fisicamente e etc, etc, etc... intimidasse alguém. Uau! Sinto-me poderosa!! Mentira... não sinto nenhum poder sobre isso. ESTUPEFACTA, sim!  Deve ser o meu sorriso que ameaça.

Tenham VERGONHA NA CARA!!! Tenham 2 dedos de testa e um pouco de consciência! Valorizem-se!! Sentem-se intimidados comigo?! Eu, que  quase caio com uma rajada de vento??  E ainda me sondam para ver a minha reação... Por amor de Nosso Senhor! 

Quando uma pessoa se sente intimidada por outra revela insegurança, que não confia no seu taco.

 

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O meu taco é o meu sorriso
É com ele que conquisto o mundo
É ele que me fortalece
Que me tansforma e regenera

'' LGBT não é pornografia!''

Boa tarde.

Ontem (6 de Setembro de 2019Marcelo Crivella, o Prefeito do Rio de Janeiro mandou que fossem recolhidos os livros em HQ  (histórias em quadrinhos) dos Vingadores da Bienal (evento que ocorre de dois em dois anos, normalmente para expor e discutir acontecimentos culturais: livros, música. Arte no geral), por mostrar um beijo gay, justificando que precisava proteger as crianças desse tipo de conteúdo, porque na sua opinião (ATRASADA) ''LGTBT é pornografia''.

Não sei se alguém sabe disso por cá, mas esta absurda monstruosidade foi feita ontem no RJ em pleno 2019.

Eu soube porque eu sigo o Felipe Neto no Youtube e depois fui ler mais sobre a notícia para saber do que se tratava. Para quem não conhece, ''Felipe Neto Rodrigues Vieira é um YouTuber, empresário, vlogger, ator, comediante e escritor luso-brasileiro. É conhecido por ter um dos maiores canais brasileiros do YouTube, com 34 milhões de inscritos''.

E diga-se de passagem, no Brasil ele é adorado por muitos e odiado por outros quinhentos. 

Eu sigo o seu canal há pouco tempo, e na minha opinião, ele impecável a fazer o que faz. Diverte, informa, entretem, partilha opiniões, cultura e experiências de vida com os seus amigos, familiares, colegas, no fundo com toda a sua família porque todos os que trabalham com ele são uma espécie de família. Pelo menos, é isso que vejo quando assisto aos seus vídeos.

Existe uma transformação e diferença enormes entre o conteúdo que ele apresentava e aquele que ele apresenta atualmente. E, muitas pessoas não percebem isso. Por isso, julgam-no, porque não se dão ao trabalho de procurar, de perceber e de se permitir conhecer como é agora. FN não é perfeito, nem sempre está certo, tem erros, eu também não concordo com tudo o que ele diz em alguns vídeos nem gosto de todos os vídeos mas... e daí? Quem é perfeito??

Bom, ontem FN respondeu à altura à monstrusiodade de Crivella e é por concordar tanto com a sua atitude perante a homofobia do Sr. Prefeito é que partilho este vídeo. Por favor, vejam e ESCUTEM até ao fim.

Eu considero que cada um de nós tem o dever e o DIREITO de fazer isto parar. 

Ser gay não é doença, ser lésbica não é doença, ser transexual não é doença, ser travesti não é doença, ser bissexual não é doença, ter uma orientação sexual diferente não é doença.

A-M-A-R  É  U-M  D-I-R-E-I-T-O  D-E  T-O-D-O-S !!!

 

Homofobia é DOENÇA!

Vejam, escutem, olhem, leiam, aprendam e respeitem!

Tu tens o direito de não concordar e de não gostar, mas não tens o direito de magoar.

Fontes:
Wikipédia;
Google
Youtube

Sinceramente...

Boa noite!
Eu sei que nem devia dar-me a este trabalho, mas fico estupefacta! Pelo menos, um eu sei que foi por essa razão. Ninguém tem obrigação de subscrever o blog de ninguém ou de continuar subscrito se não tiver interesse nisso. Eu própria já fiz isso, já deixei de subscrever blogs, no inicio quando aqui cheguei. Mas, recentemente, reparei que algumas pessoas têm deixado de me seguir aqui, logo depois à publicação aos posts nos quais eu escrevo sobre a minha deficiência. Não posso afirmar que sejam todos por essa razão, como eu disse, uma pessoa eu sei que sim. Mas, pessoal???? Que tem? Eu só estou a escrever. Isto é uma plataforma de blogs onde as pessoas escrevem sobre o que entenderem. Não percebo o que a deficiência do autor interfere nas leituras do leitor... Toda a gente escreve e toda a gente lê, o que tem uma coisa a ver com outra? Hello... eu só quero partilhar o que escrevo. Não pretendo sair daqui e conhecer as pessoas que leem o meu blog, por isso cá m'importo se são grandes, amarelas, pequenas, anões. São pessoas. Até para ler, a pessoa que escreve não pode ter uma deficiência?! Haja paciência. Eu digo que tenho uma, mas não é pelas outras pessoas não dizerem que também têm problemas que não os têm.

Não me sinto mal nem ofendida de maneira nenhuma, porém fiquei estupefacta.

Extremamente desnecessário!

O que  vou contar já se passou há algum tempo, mas ficou-me na cabeça até agora, porque achei mesmo desnecessário. MESMO! 
Acho que era de manhã, ia eu a descer uma rua em direção ao trabalho ou a subir... já não sei. 
Mas ia eu na rua e próximo de mim, ia uma mãe e dois ou três filhos (digo filhos porque sei que são mas não vou mencionar nomes, ÓBVIO). Continuando... uma das crianças ao ver-me, começou-se a rir do meu ''andar''. Explico, eu tenho a perna esquerda mais curta cerca de 2cm, ando bem mas, às vezes, puxo um pouco, quando mais enferrujada, cansada, doente... isso também depende das pessoas, há pessoas que são distraídas, outras que veem todos os pormenores.
Então... eu ouvi a criança a rir-se e a dizer: ''aquela rapariga anda assim...'', imitando-me. Nisto, a mãe dá-lhe um estaladão! E disse: ''Não gozes! Aquela pequena tem um problema.''... eu não concordo com isso. Eu concordo que, um corretivo só faz é bem. Mas não é preciso um estaladão. A criança ficou atordoada... nesse caso, acho que a mãe chegava a criança para junto de si e explicava o porquê do meu ''andar''. A criança riu-se de mim, mas eu nunca levei isso a mal vindo de crianças. Quando eu também era uma, levava. Mas... agora depois de adulta, basta olhar para as crianças, como quem diz ''eu sei que te estás a rir de mim'' toda séria, que elas param ou se não eu pergunto ''o que é?'' e elas fogem rindo-se e eu a rir-me também. E o que tem? Criança é assim mesmo. Às vezes, perguntam-me porquê que eu nasci assim, eu respondo que saí assim da barriga da minha mãe e  não tem cura, pronto. Não é preciso mais conversas!
Com crianças, a resposta mais simples e verdadeira é a melhor! 

Até porque elas (crianças) não vão assimilar muita explicação. Elas pensam um bocadinho no assunto e aceitam na boa. Na história que contei, era só isso o necessário a fazer-se. No entanto, a mãe esteve errada dando na criança, porque não a ensinou nada.
Há pais que não mexem uma palha para corrigir os filhos, outros que quase os arrebentam de pancadas. 
Querem saber? Antes uma criança do que um adulto. 

 

 

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