Quando uma pessoa se encontra doente, independente da doença que é, da sua gravidade e da sua evolução, o que mata a pessoa que sofre de tal doença não é a doença em si, nem são os procedimentos para a cura, também não são os medicamentos que quase matam uma pessoa de tanta droga que contêm. O que mata a pessoa doente não são os dias menos bons, as dores... porque essas tornam-se menos dolorosas com o tempo.
O que mata mesmo a pessoa doente são as pessoas ao redor com aquela moquenquice, com pena... sempre com queixume mais até do que a própria pessoa... constantemente à volta da pessoa, não lhe dando paz, sempre a interromper o seu momento... sempre a invadir o seu espaço, sempre a incomodar o seu tempo, sempre a questionar sobre o seu estado, sempre em cima, com rezas e preces.
Isso é uma falta de respeito. Isso é que é uma doença. Isso é que mata!
Desde que saí de casa, aos 17 anos, eu já partilhei casa com 52 pessoas, mais ou menos, 53 contando comigo. Isto fora todas as outras com quem convivi. E, nesse período de tempo, eu tive a oportunidade de aprender e absorver muita ''coisa'', isto porque errei, acertei, magooei, ofendi, ultrapassei, caí, levantei-me, fui estúpida e vice-versa. Sobretudo, aprendi exatamente o que eu não quero ser, o que quero diminuir e o que quero continuar a ser. Vou tentar resumir, mas vamos lá. Eu não quero ser: Uma mulher quase a cair nos 30's (EU TOU A CAIR) ou a passar deles, sentada no sofá a fazer comentários irónicos sobre tudo e todos e ficar sorrateiramente a ouvir as conversas alheias ou a ver onde as discussões vão dar, só por mero prazer. Do género, solteironas, mal f**d**d_s, frustadas, invejosas mas não sabem disso. Eu não quero ser uma pessoa da mesma idade que, depende dos pais e controlada por eles. Chata, irritante, picuinhas... #nojo. Eu não quero ser uma mulher submissa ao seu companheiro que deixa de se divertir e de viver a sua vida em função do seu relacionamento. E que só podem sair com eles. Eu não quero ser daquelas pessoas cheias de métodos, cremes, pílulas... para tudo! Um comprimido para ser feliz, um comprimido para dormir, um comprimido para ter apetite. Eu não quero ser daquelas mulheres que ficam horas no WC a falar da gordura que têm no nariz ou noutra parte do corpo ou a falar de outra coisa qualquer. NUNCA GOSTEI DE CONVERSAS DE MULHERES. E sou uma. Eu não quero ser uma mulher que usa roupas SÓ típicas de mulher. Eu não quero ser daquelas pessoas que chegam aos 36/40 anos insatisfeitas com a vida e que se tornam aborrecidas e depressivas. E A CULPA É DO MUNDO E NÃO DELAS. Eu não quero ser daquelas pessoas que se casam ou se prendem a alguém às pressas, por causa da idade ou de outra razão qualquer. Eu não quero ser daquelas pessoas materialistas, fazem dinheiro por dinheiro. #nojo. Eu não quero ser daquelas pessoas que compram o mundo para mostrar aos outros que têm. Eu não quero ser daquelas pessoas com a panca da limpeza e organização. Eu não quero ser daquelas pessoas que não se podem sujar... Eu não quero ser daquelas pessoas que não podem ouvir um p**d* que ficam chocadas, que ouvem um grito ficam escandalizadas. Eu não quero ser daquelas pessoas fúteis, que não se aguentam com nada. Eu não quero ser daquelas pessoas que passam fome com dinheiro na carteira, mais porque não sabem cozinhar do que outra coisa e quando chegam à rua ou a casa de alguém, quase que comem a loiça. Eu não quero ser daquelas pessoas que só elas é que sabem da vida, porque elas já viajaram imenso, é que conhecem tudo porque são mais velhas, quase apontam uma arma aos outros, impondo a sua vontade e só a sua vontade. Eu não quero ser daquelas pessoas que não se pode fazer barulho, não se pode sair da linha... #boring. Eu não quero ser daquelas pessoas que influenciam outras contra outras e que ficam a favor destes e daqueles por causa das amizades e conviniências. Eu não quero ser daquelas meninas ''riquinhas'' protegidas pelos papás, e quando levam na cara fazem becinho. Eu não quero ser daquelas pessoas que passam a vida na casa dos outros, a incomodar quem lá vive. Eu não quero ser daquelas pessoas que tudo conta para obterem aquilo que querem ter. Eu não quero ser daquelas pessoas que magoam os outros e gozam deles porque, estes outrora lhes magoaram. Eu não quero ser daquelas pessoas que duvidam de tudo e são negativas, inseguras ao extremo. Bom... é mais ou menos isso. Mas, como eu disse e digo sempre, eu não sou perfeita nem santa ( tenho muitaaaaaaaaaa culpa em muiiiiiitaaaaaaaaaaaaaa coisa) e nada me torna superior a ninguém, por isso, eu aprendi e, em algumas situações, ainda estou aprendendo: A resguardar mais a minha vida, a minha privacidade, os meus objetivos. Se eu quero fazer algo, seja lá o que for, fazer sozinha. POR EXEMPLO, se quero fazer reciclagem, faço. Se for caso de partilhar casa, ter as minhas coisas, mesmo que a casa disponha de algumas. Não expor as minhas dificuldades (esta vai ao encontrar da 1ª) Não aceitar ajuda ou tanta ou de qualquer lado nem pedir ou perguntar se podem ajudar (se não tenho, não tenho). Não sufocar ninguém com/desabafar (os meus problemas) com ninguém nem repetir histórias por vezes sem fim Deixar ir, por mais que me custe. Deixar ir. Não viver em função de uma amizade, só de uma e não alimentar tanto isso. No fundo, é ser mais eu, as ''minhas pessoas'' e olhar o mundo como um todo. Eu sou possessiva e ansiosa e vivo muito as coisas, (muitas vezes, sou a miúda coitadinha por isso. O bobo da côrte.) levo muito ao peito e, às vezes, associo muita ''coisa'' à minha ''def'' e a ideia é deixar ir, libertar-me de conceitos e é por causa ''disso e daquilo'' ,analisar melhor e descobrir devagar. Estou aprendendo a não ter preconceitos e complexos sobre mim mesma. Pois, quem gostar fica, quem não, não se prende, mostra-se a porta. E ninguém mooooorre por te viraram a cara ou ficam a falar mal de ti. Por fim, eu quero continuar a ser: EU! Menina-mulher feliz, com o sorriso rasgado e esta alegria que trago nos olhos, nos meus e nos de quem me vê, sem pensar em regras, etiquetas, dietas. Com peso e medida, claro. Mas, livre! Do género Gabriela Que sorri para o mundo e ''finge''-que-não-percebe o que dizem e o que pensam (sobre mim). É esta pessoa que quero ser, a (des)preparada para a vida que (todos) me acusam de ser. O ser autêntico que, uma vez, disseram que eu era. Uma pessoa que ama a vida, sobretudo, a sua simplicidade, uma pessoa que não se compra nem se vende. Uma pessoa que vive, que se vive, e se morrer que seja de tanto viver. Se for para morrer, que seja de vida! Eu sou assim, sou feliz a comer todas as porcarias que existe. A dormir até às tantas, a fazer diretas, a andar como zombie e etc, etc, etc. ''Quem quer come, quem não, deixe!'' Foi isso tudo o que aprendi e vou aprendendo. Beijs.
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