Há algum tempo que já não venho cá, tanto para escrever tanto para ler e comentar os vossos posts. Tenho-me sentido cansada, não muito mas quando acabo o trabalho, só me apetece descansar, espairecer por aí. Há várias semanas que tenho saído sozinha (por opção), de vez em quando, arrasto alguém comigo mas gosto muito de estar sozinha, principalmente caminhando por aí a ver as pessoas a confraternizar. É curioso, eu gosto de ver as pessoas na rua, nos bares a conversar, a confraternizar. Eu gosto do barulho que as pessoas fazem quando conversam, gosto de ver os amigos, os namorados, os pais e os filhos, as pessoas idosas, as crianças. Eu gosto de ver as aglomerações, mas não gosto muito de estar nelas ou pelo menos não gosto de estar sempre nelas. Todos os dias com´as mesmas pessoas? Não consigo. Para mim, é bom conversar com alguém, por a conversa em dia, mas o que quero dizer eu não me sinto bem a ter de fazer isso todos os dias, sempre. Como se fosse uma obrigação, como se eu tivesse de alguma forma fazer isso como forma de retribuição por algo em que me ajudaram.
Eu nasci para ser livre, eu necessito de liberdade.
Nem sempre as pessoas entendem isso, acham que quero estar só porque não estou bem. Às vezes, eu falho em aparecer quando digo que vou estar, porque por mais que eu tente, há dias que só me apetece aterrar-me na cama a ler, escrever ou a navegar nas ondas da Internet. Ou então, trocar de roupa e ir caminhar até me doer as pernas.
Que dizer? Eu tenho uma personalidade estranha, talvez mas estou bem com isso. Os meus amigos sabem, entendem que sou esquisita e aceitam os meus momentos de solidão feliz. Eu chamo assim porque são uma opção minha e não porque não tenho ninguém. Eu tenho muitas pessoas que gostam de mim, eu acredito nisso. Eu sei que sim. E não me sinto sozinha. Nunca!
Até porque, eu tenho um equilíbrio. Nem sempre sozinha, nem sempre acompanhada.
Eu acho que só se é verdadeiramente feliz quando se gosta de nós próprios, da nossa própria companhia e quando sabemos equilibrar isso.
Encontrei este pequeno vídeo que retrata bem uma das ações que muitas meninas têm naquela fase da pré-adolescência, quando o corpo começa-se a desenvolver. Muitas meninas sentem vergonha pelo seu peito ainda não ter começado a crescer tão ou igual às outras meninas e tentem atingir um tamanho, mais ou menos, aceitável se inspirando nas outras. E fazem isto, que mostra no vídeo:
Eu compreendo que é um pouco (muito) constrangedor para algumas meninas de 11/12 anos, verem que as suas amigas e meninas da escola com a mesma idade, já têm peito e vocês não. Mas, não se preocupem com isso, porque não há nada de errado convosco. Cada um tem o seu tempo. Uns crescem mais rápido do que outros, uns são mais pequenos do que outros. Mas todos chegamos lá. Não temos de ter vergonha disso, do nosso corpo, como ele se transforma. Um truque é dar tempo ao tempo, sem muita preocupação e aproveitar o momento da vida em que nos encontramos.
Há uns dias vi este post no Facebook e achei importantíssimo mas também um tanto engraçado. Porquê? Porque fala-se e discute-se muito sobre educação, progresso e esclarecimento infantil... mas, às vezes (muitas vezes) os adultos é que precisam de aprender isto, para depois ensinar as (suas) crianças!
Eu li o Diário Confidencial de Mariana aos 14 anos, mais ou menos, mas não é sobre o livro que vou escrever hoje. Para quem não sabe o dito livro faz parte de uma coleção de livros da autoria de Marta Gomes e Nuno Bernardo que consiste no dia a dia de uma ADOLESCENTE, naquela altura, a personagem Mariana também de 14 anos, penso eu. Eu li um dos livros. E a história que tenho para contar é um tanto de ''hein...?''. Estava eu sentada junto a umas miúdas (minhas conhecidas) de 14 anos, uma delas já era mais velha mas pronto, que estavam a discutir sobre qual livro que deviam ler para apresentar na aula de Português no âmbito da Leitura Livre e eu dirigindo-me para a mais nova dei a ideia desse livro. Sabem qual foi a reação dela? Riu-se na minha cara, como se eu tivesse dito um disparate. Ainda lhe disse: ''eu li com a tua idade''. Resposta: riu-se. Mas... como aquela que diz ''que infantil!'' Eu virei-me mas a minha vontade foi dizer-lhe: ''Ah, desculpa! Já (lês) o KAMASUTRA! Por que não o apresentas?'' (sem qualquer tipo de julgamento, cada um é que sabe. E a sexualidade não tem idade definida). Mas, que BOFETAAAAAAAADAAAAAAAAAAAAAAA! Tudo bem... o livro até pode ser mais infantil do que isso, mas nada que não possa ser lido com 14 anos. É leitura juvenil. Pessoas muito evoluídas. Eu tenho 28 anos mas eu cresci numa zona onde não havia e não há livraria, só biblioteca com livros, na sua maioria, estragados e sempre que podia, os meus pais compravam um livrinho ''do tamanho da sua carteira'' e sempre gostei. Mas como o tempo voa... não é verdade?! Hoje em dia, têm tudo, acham-se muito adultos e ainda se riem na cara das pessoas. siameD!
Já não há crianças como dantes. Ou agora... é que as crianças são, exatamente, o que muitos pais queriam que fossem...? Pequenos seres sem alegria, calados, sem se sujar, sem fazer barulho, todo o dia com o rosto enfiado num ecrã, (pequeno e frio). De fato, muitos pais não se podem queixar nem a sociedade pode criticar. Não, porque ouvia-se muita vez da boca de muita gente: ''Ah... que miúdo irrequieto'', ''os meus filhos chegam a casa com a roupa imunda!'', ''Tanto barulho que essas crianças fazem''. Ora bem... agora elas (crianças) nem sequer abrem a boca. Não era isto que se queria? Crianças sem energia, silenciosas para não incomodar. Do que é que tu 'tás a queixar-te SOCIEDADE?! Aí tens as crianças com que sempre sonhaste! A infância perdeu a sua cor, não toda mas a maior parte dela, sim. Mais silenciosa era impossível. Agora, os pais já podem trabalhar, descansar, já não há roupa imunda para lavar, já não há gritaria nem euforia a causar stress às pessoas, já não há choros por joelhos rasgados e roupa rompida. Já não há o horror por se terem magoado na rua e terem apanhado uma infeção. Acabaram-se os ''pardais à solta''. Por isso... não critiques SOCIEDADE!
Desde que saí de casa, aos 17 anos, eu já partilhei casa com 52 pessoas, mais ou menos, 53 contando comigo. Isto fora todas as outras com quem convivi. E, nesse período de tempo, eu tive a oportunidade de aprender e absorver muita ''coisa'', isto porque errei, acertei, magooei, ofendi, ultrapassei, caí, levantei-me, fui estúpida e vice-versa. Sobretudo, aprendi exatamente o que eu não quero ser, o que quero diminuir e o que quero continuar a ser. Vou tentar resumir, mas vamos lá. Eu não quero ser: Uma mulher quase a cair nos 30's (EU TOU A CAIR) ou a passar deles, sentada no sofá a fazer comentários irónicos sobre tudo e todos e ficar sorrateiramente a ouvir as conversas alheias ou a ver onde as discussões vão dar, só por mero prazer. Do género, solteironas, mal f**d**d_s, frustadas, invejosas mas não sabem disso. Eu não quero ser uma pessoa da mesma idade que, depende dos pais e controlada por eles. Chata, irritante, picuinhas... #nojo. Eu não quero ser uma mulher submissa ao seu companheiro que deixa de se divertir e de viver a sua vida em função do seu relacionamento. E que só podem sair com eles. Eu não quero ser daquelas pessoas cheias de métodos, cremes, pílulas... para tudo! Um comprimido para ser feliz, um comprimido para dormir, um comprimido para ter apetite. Eu não quero ser daquelas mulheres que ficam horas no WC a falar da gordura que têm no nariz ou noutra parte do corpo ou a falar de outra coisa qualquer. NUNCA GOSTEI DE CONVERSAS DE MULHERES. E sou uma. Eu não quero ser uma mulher que usa roupas SÓ típicas de mulher. Eu não quero ser daquelas pessoas que chegam aos 36/40 anos insatisfeitas com a vida e que se tornam aborrecidas e depressivas. E A CULPA É DO MUNDO E NÃO DELAS. Eu não quero ser daquelas pessoas que se casam ou se prendem a alguém às pressas, por causa da idade ou de outra razão qualquer. Eu não quero ser daquelas pessoas materialistas, fazem dinheiro por dinheiro. #nojo. Eu não quero ser daquelas pessoas que compram o mundo para mostrar aos outros que têm. Eu não quero ser daquelas pessoas com a panca da limpeza e organização. Eu não quero ser daquelas pessoas que não se podem sujar... Eu não quero ser daquelas pessoas que não podem ouvir um p**d* que ficam chocadas, que ouvem um grito ficam escandalizadas. Eu não quero ser daquelas pessoas fúteis, que não se aguentam com nada. Eu não quero ser daquelas pessoas que passam fome com dinheiro na carteira, mais porque não sabem cozinhar do que outra coisa e quando chegam à rua ou a casa de alguém, quase que comem a loiça. Eu não quero ser daquelas pessoas que só elas é que sabem da vida, porque elas já viajaram imenso, é que conhecem tudo porque são mais velhas, quase apontam uma arma aos outros, impondo a sua vontade e só a sua vontade. Eu não quero ser daquelas pessoas que não se pode fazer barulho, não se pode sair da linha... #boring. Eu não quero ser daquelas pessoas que influenciam outras contra outras e que ficam a favor destes e daqueles por causa das amizades e conviniências. Eu não quero ser daquelas meninas ''riquinhas'' protegidas pelos papás, e quando levam na cara fazem becinho. Eu não quero ser daquelas pessoas que passam a vida na casa dos outros, a incomodar quem lá vive. Eu não quero ser daquelas pessoas que tudo conta para obterem aquilo que querem ter. Eu não quero ser daquelas pessoas que magoam os outros e gozam deles porque, estes outrora lhes magoaram. Eu não quero ser daquelas pessoas que duvidam de tudo e são negativas, inseguras ao extremo. Bom... é mais ou menos isso. Mas, como eu disse e digo sempre, eu não sou perfeita nem santa ( tenho muitaaaaaaaaaa culpa em muiiiiiitaaaaaaaaaaaaaa coisa) e nada me torna superior a ninguém, por isso, eu aprendi e, em algumas situações, ainda estou aprendendo: A resguardar mais a minha vida, a minha privacidade, os meus objetivos. Se eu quero fazer algo, seja lá o que for, fazer sozinha. POR EXEMPLO, se quero fazer reciclagem, faço. Se for caso de partilhar casa, ter as minhas coisas, mesmo que a casa disponha de algumas. Não expor as minhas dificuldades (esta vai ao encontrar da 1ª) Não aceitar ajuda ou tanta ou de qualquer lado nem pedir ou perguntar se podem ajudar (se não tenho, não tenho). Não sufocar ninguém com/desabafar (os meus problemas) com ninguém nem repetir histórias por vezes sem fim Deixar ir, por mais que me custe. Deixar ir. Não viver em função de uma amizade, só de uma e não alimentar tanto isso. No fundo, é ser mais eu, as ''minhas pessoas'' e olhar o mundo como um todo. Eu sou possessiva e ansiosa e vivo muito as coisas, (muitas vezes, sou a miúda coitadinha por isso. O bobo da côrte.) levo muito ao peito e, às vezes, associo muita ''coisa'' à minha ''def'' e a ideia é deixar ir, libertar-me de conceitos e é por causa ''disso e daquilo'' ,analisar melhor e descobrir devagar. Estou aprendendo a não ter preconceitos e complexos sobre mim mesma. Pois, quem gostar fica, quem não, não se prende, mostra-se a porta. E ninguém mooooorre por te viraram a cara ou ficam a falar mal de ti. Por fim, eu quero continuar a ser: EU! Menina-mulher feliz, com o sorriso rasgado e esta alegria que trago nos olhos, nos meus e nos de quem me vê, sem pensar em regras, etiquetas, dietas. Com peso e medida, claro. Mas, livre! Do género Gabriela Que sorri para o mundo e ''finge''-que-não-percebe o que dizem e o que pensam (sobre mim). É esta pessoa que quero ser, a (des)preparada para a vida que (todos) me acusam de ser. O ser autêntico que, uma vez, disseram que eu era. Uma pessoa que ama a vida, sobretudo, a sua simplicidade, uma pessoa que não se compra nem se vende. Uma pessoa que vive, que se vive, e se morrer que seja de tanto viver. Se for para morrer, que seja de vida! Eu sou assim, sou feliz a comer todas as porcarias que existe. A dormir até às tantas, a fazer diretas, a andar como zombie e etc, etc, etc. ''Quem quer come, quem não, deixe!'' Foi isso tudo o que aprendi e vou aprendendo. Beijs.
Boa tarde! Como está a correr o vosso Domingo? O meu está a correr bem. Bom, hoje dou inicio a uma nova rúbrica aqui no blog. Vou tentar dar continuidade mas sem pressão e sem um limite. Sempre que surgir e que considere importante partilhar, assim o farei. Acordei com esta inspiração, de escrever sobre aquilo que (já) aprendi com os meus pais. Ora, vejamos os meus pais sempre me ensinaram a:
Gostar da nossa casa, a aprender a gostar de ficar em casa. É certo que, precisamos de sair, que é saudável mas a nossa casa é o reflexo daquilo que somos (quando digo casa, não me refiro a paredes e a teto necessariamente, mas ao nosso espaço, às nossas coisas, etc.) e é preciso aprender a gostar disso porque a vida não é uma festa com amigos todos os dias;
2. A saber lidar com a solidão porque a vida tem momentos de solidão para os quais devemos estar preparados. O tempo também passa se estivermos sozinhos,apenas é necessário aprender como fazer isso.
3. A pedir desculpa e a agradecer (só) uma vez, porque por maior que tenha o nosso erro e o gesto de ajuda para connosco, não temos de servir de tapete vermelho a ninguém;
4. A não pedir ajuda de quem falamos mal ou guardar a nossa opinião para nós mesmos, porque nunca sabemos de que fonte vamos beber amanhã;
5. A poupar para amanhã. Não viver como ricos nem como miseráveis. Se temos, também não precisamos de passar necessidades mas não é preciso esbanjar dinheiro. Nunca sabemos o dia de amanhã.
6. A que devia ser a primeira: antes pobres mas com carácter do que ricos e de cara suja.
Os meus pais estão sempre a repetir isso e mais. Mas por hoje, eu deixo só estas 6 lições. Algumas já aprendi, outras ainda estou aprimorado. Resto de um ótimo Domingo! Beijs
Eu não sou professora mas fui aluna. E como tal, tenho imenso respeito por todos os meus professores ( considero professores da pré-primária até ao liceu),por alguns tenho carinho e por outros até amizade, depende. Mas gostando ou não, o respeito estende-se a todos. Na minha opinião, ser professor é uma espécie de ''pai'' e, em alguns casos, onde a estrutura familiar não é boa (não é o meu caso, pois tenho uns riquíssimos pais), é nos professores que os alunos vão buscar apoio e suporte e recebem carinho e educação. Sempre gostei muito da escola e dos meus professores, embora andasse quase sempre sozinha e fosse agredida verbalmente e, por vezes, fisicamente nos corredores. Tudo bem... também não fiquei atrás, fiz igual. E também cometi os meus erros imperdoáveis. Não sou perfeita e não é uma deficiência que me santifica. Independente disso, sempre adorei a escola e ia toda sorridente, como se nada daquilo me doesse, como se ter o rótulo de deficiente, babona e toda torta, não me pesasse. E não pesava mesmo. Acho que, pesa mais em adulta do que em criança. Enfim... Bom, o que eu recordo dos meus professores são as canetas de várias cores que usavam para me explicar melhor o que não percebia e até hoje, lembro-me perfeitamente disso, do que eu aprendi dessa maneira. Não menosprezando, os que não usavam canetas de várias cores, o que quero dizer, no fundo, é que às vezes, as pessoas pensam que, para ensinar e cativar, ou seja para o que for, precisam de muita coisa... equipamentos, uma estrutura toda espetacular, mas não é. Para tudo na vida, só é necessário ter vontade, dedicação, gosto, paciência e, em alguns casos específicos, ter um estojo com canetas de várias cores.
A maioria das imagens e vídeos utilizados no blog são retirados da Internet. No entanto, se for o autor de alguma imagem ou vídeo e não permitir a sua utilização, por favor envie e-mail ou deixe nos comentários que logo que possível serão retirados.