Ser professor
Eu não sou professora mas fui aluna. E como tal, tenho imenso respeito por todos os meus professores ( considero professores da pré-primária até ao liceu),por alguns tenho carinho e por outros até amizade, depende. Mas gostando ou não, o respeito estende-se a todos. Na minha opinião, ser professor é uma espécie de ''pai'' e, em alguns casos, onde a estrutura familiar não é boa (não é o meu caso, pois tenho uns riquíssimos pais), é nos professores que os alunos vão buscar apoio e suporte e recebem carinho e educação. Sempre gostei muito da escola e dos meus professores, embora andasse quase sempre sozinha e fosse agredida verbalmente e, por vezes, fisicamente nos corredores. Tudo bem... também não fiquei atrás, fiz igual. E também cometi os meus erros imperdoáveis. Não sou perfeita e não é uma deficiência que me santifica. Independente disso, sempre adorei a escola e ia toda sorridente, como se nada daquilo me doesse, como se ter o rótulo de deficiente, babona e toda torta, não me pesasse. E não pesava mesmo. Acho que, pesa mais em adulta do que em criança. Enfim...
Bom, o que eu recordo dos meus professores são as canetas de várias cores que usavam para me explicar melhor o que não percebia e até hoje, lembro-me perfeitamente disso, do que eu aprendi dessa maneira. Não menosprezando, os que não usavam canetas de várias cores, o que quero dizer, no fundo, é que às vezes, as pessoas pensam que, para ensinar e cativar, ou seja para o que for, precisam de muita coisa... equipamentos, uma estrutura toda espetacular, mas não é. Para tudo na vida, só é necessário ter vontade, dedicação, gosto, paciência e, em alguns casos específicos, ter um estojo com canetas de várias cores.