30 DIAS ESCREVENDO #23
Respire, relaxe e pense em algo. Descreva em um papel.
Olá.
Bem-vindos ao vigésimo terceiro dia do desafio!
Hoje não garanto sair-me bem, mas vou fazer o melhor que posso.
Naquela tarde ensolarada, logo depois do almoço, ia determinada e feliz como sempre a apreciar o campo e aquela tarde amena de Outono.
Estava tudo na sua ordem normal, pessoas a trabalhar, pessoas a conversar, embora não percebesse de que se tratava conversa alguma, o som da chávena de café tirada da máquina ouvia-se cá fora, a igreja aberta com devotos a fazerem as suas preces, alguns deles demonstrado alguma agonia até... Mas, de resto, corria calma a tarde. Nem os carros tinham pressa de tão agradável que se estava.
Distraída a olhar e a estudar pormenorizadamente os movimentos das pombas que andavam pela calçada do campo em busca de alguma migalha para se saciarem. Continuei a andar, a andar, andar, quase a saltitar, cada vez mais próxima do meu destino, deparei-me com uma espécie de corpo preto e comprido no caminho mesmo na minha direção.
Ainda que, afastada, afastei-me mais um pouco com cuidado soltando alguns gritinhos e gemidos...
- Ó não! É uma cobra... - disse com a voz a tremer.
Olhei novamente e aquele corpo começou a mexer-se.
-NÃOOOO! É mesmo uma cobra, mas aqui não há cobras até onde eu sei.
Esfreguei os olhos e olhei novamente, esfreguei os olhos e olhei novamente, esfreguei os olhos e olhei novamente... E ERA UMA COBRA!! EU JURO!
Mas estava fora de questão voltar para trás, a volta era maior e era mais importante ser mordida por uma eventual cobra do que chegar a horas.
A minha GRANDE curiosidade levou-me a aproximar-me mais da dita cobra. Fui em pezinhos de lã, como se estivesse a andar no gelo (nunca andei)... um passo, dois passos, três passos...
-Vou mais para o lado, caso me ataque tenho tempo para fugir. - concluí.
Cada vez mais próxima, caí em mim: tratava-se de um cano preto comprido que provavelmente foi atirado por alguém de uma casa que estava a ser despejada, por isso o movimento como se fosse rastejar.
No mesmo instante, o meu coração aliviou e o meu corpo começou a tremer. Aliviada, porém, a sentir-me a maior tola do mundo, continuei o meu caminho.
Este episódio não teve mais do que 15 minutos, mas senti que estive bloqueada naquela situação um dia inteiro pela tensão.
Bom, eu não sou muito boa nessas descrições, além dos inúmeros erros que devem existir mas está cumprido, mais ou menos...
É isso, pessoal.
Vigésimo terceiro dia, já está!
Beijs.