Eu gosto do amor prolongado.
Aquele que se prolonga por horas e que se estende por anos.
Que se duplica por décadas e multiplica-se por séculos e ultrapassa a eternidade porque até a eternidade é miseravelmente curta para ele.
Eu gosto do amor que nos acorrenta, que nos amarra, que nos prende, que faz doer e sofrer, chorar e mendigar, que machuca, que rasga,que nos leva até ao fundo tão profundamente fundo que tudo é pouco para amar.
Ao mesmo tempo liberta e deixa livre.
Eu gosto do amor vindo de longe para ficar, para se manter, para permanecer e nunca mais voltar.
Eu gosto do amor velho, antigo, sábio que sabe o que quer e luta com todas as suas forças para ser e amar porque amar e ser amado é a sua única condição.
Eu gosto do amor forte, firme, sem medidas.
Eu gosto do amor nu e despido de complicações e dramatizações.
Ele já é complicado e dramático porque não há amor que não o seja.
Eu gosto do amor que sinto em todo o meu ser,
Que mesmo não haja aqui
Está dentro de mim
Eu gosto do amor desesperado, inquieto.
Eu amo o amor que vive, revive e não morre.
Mas que, por amor se mata!
Eu gosto do amor que diz, confessa, promete e cumpre.
Eu amo o amor que sofre por amar, que magoa por amar, que sufoca por amar, que briga por amar e que vive, revive, insiste e persiste e ressuscita por amar!